Litoral
Quinze animais aparecem nas praias
Equipe de monitoramento diz que vento e ondas trouxeram carcaças
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]



Banhistas, que aproveitaram o sol e calor do feriadão, tiveram que dividir espaço na areia com as carcaças de animais mortos. Foram registrados cerca de 15 encalhes, segundo o projeto de Monitoramento das Praias da Univali, e somente quatro animais foram recolhidos com vida. Os animais apareceram em Penha, Balneário Camboriú, Bombinhas, Itapema, Navegantes, Balneário Piçarras e Barra Velha.
Na manhã de segunda-feira, duas tartarugas mortas apareceram em Penha. Uma era da espécie Oliva (Lepidochelys olivácea), de 89 centímetros de comprimento total, e a outra, uma Cabeçuda (Caretta caretta), com 104 centímetros. Ambas foram enterradas na orla.
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No sábado, foram encontrados um biguá vivo na praia de Navegantes e uma gaivota morta, em Bombinhas. Também foram encontrados com vida, no domingo, uma tartaruga-verde no Canto Grande, em Bombinhas, e uma gaivota e uma grazina de barriga branca, ambas em Armação.
Também no domingo foram encontrados mortos uma tartaruga-oliva e uma tartaruga-verde, na praia Balneário Camboriú. Um bobo-pequeno, na praia de Piçarras, e três tartarugas-verde, uma toninha e um bobo-pequeno, em Barra Velha.
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Segundo o projeto, a combinação de ondulações e ventos favoreceu o encalhe de carcaças de animais marinhos no feriadão. Só no sábado e domingo, a equipe registrou 13 animais sem vida. Com as duas mortes de Penha nessa segunda, o número sobe para 15.
Na praia Central de Balneário e na praia do Plaza, em Itapema, a equipe de monitoramento registrou o encalhe de dois golfinhos.
De acordo com a oceanógrafa Bruna Henklein Pissaia, gerente operacional da Univali de Penha, as ondas de Leste e os ventos de quadrante Norte e Nordeste favorecem o encalhe de carcaças de animais marinhos. “Geralmente são animais em estágio avançado de decomposição, que estavam derivando e encalham influenciados pelas condições oceanográficas”, explica.