Vídeos das câmeras de monitoramento de um comércio começaram a circular na quarta-feira mostrando um carro da Abordagem Social de Camboriú deixando dois andarilhos no bairro Cidade Nova, em Itajaí.

O vídeo mostra o carro parando em um bolsão de estacionamento de comércios. Os homens descem do carro, pegam as mochilas no porta-malas e agradecem ao motorista com um aceno. Eles vão embora caminhando pela rua.

Junto com o vídeo circulava um texto alegando que esse seria o suposto motivo de cidade de Itajaí estar “tomada por andarilhos”. “Vejam nos vídeos abaixo o veículo da secretaria de acolhimento social trazendo andarilhos no bairro Cidade Nova, em Itajaí, no dia 30/6/21”.

A secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social de Camboriú alega que a ação não se trata de transporte intencional de andarilhos para Itajaí. Segundo a prefeitura de Cambu, os dois homens estavam no abrigo municipal aguardando uma passagem de ônibus para Jaraguá do Sul e para Joinville,  onde teriam familiares. Só que na quarta-feira, os andarilhos teriam avisado que tinham um amigo com nome, endereço e telefone morando no bairro Cidade Nova e queriam passar um tempo na casa dele.

“Ao chegar próximo ao destino, no bairro itajaiense do Cidade Nova, os dois homens informaram que poderiam ficar ali, não sendo necessário dar a volta com o veículo. O motorista estacionou no bolsão onde os dois homens desceram, agradeceram o motorista e a assistente social”, informou, através de nota oficial, a secretaria.

Segundo a prefeitura de Camboriú, o procedimento de levar andarilhos até a casa de alguém conhecido é padrão na Assistência social. A abordagem também oferece passagem de ônibus, quando o familiar ou amigo mais próximo mora longe.

Para esclarecer o caso, rolou  uma reunião entre o secretário de Assistência Social de Camboriú, Edson Godinho Mafra Junior,  e a secretária de Assistência Social de Itajaí, Neusa Geraldi, na quinta-feira. “Isso, infelizmente, é uma situação recorrente. Em Itajaí temos todos os serviços para o atendimento deste público, com o centro Pop, casa de apoio, abrigo de inverno e temos parceria com comunidades terapêuticas, além de dar passagens para encaminhar as pessoas para suas cidades natais”, afirma Neusa.

A secretária diz que a prefeitura de Camboriú admitiu que houve uma falha em não checar a procedência do endereço informados pelos andarilhos. O correto, afirma a secretária, seria comprar as passagens pra cidade de origem de ambos. O secretário de Camboriú também se comprometeu em orientar a equipe para evitar situações como esta.