Matérias | Entrevistão


Itajaí

Volnei Morastoni

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

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Prefeito de Itajaí

Raio X

NOME: Volnei José Morastoni



NATURAL: Rio do Sul

IDADE: 69 anos

ESTADO CIVIl: casado


FILHOS: Cinco e um neto

FORMAÇÃO: Médico pediatra, formado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele é pós-graduado em pediatria, saúde pública, nutrologista, homeopatia e medicina funcional e integrativa.

TRAJETORIA: Prefeito de Itajaí pelo MDB e candidato à reeleição. Foi prefeito de Itajaí em 2004 pelo PT. Duas vezes vereador e quatro vezes deputado estadual pelo PT.

No mesmo período que em Itajaí as mortes aumentaram 116%, no estado aumentaram 192%”

Itajaí virou o centro das atenções, o foco de piadas e de centenas de memes na internet, após o prefeito Volnei Morastoni (MDB) anunciar o uso “retal de ozônio” no tratamento de pacientes positivos para a covid-19.  Para falar sobre a polêmica e também sobre o momento que a cidade está vivendo sob a pandemia, a jornalista Franciele Marcon entrevistou o prefeito. Em mais de uma hora de entrevista, Volnei defendeu a prática da ozonoterapia, lamentou o que chamou de “distorções feitas” e garante que não vai se furtar de encontrar medidas para evitar mortes enquanto não exista um protocolo oficial de tratamento  de covid. O prefeito ainda falou sobre o número de mortes, já que Itajaí tem o maior número de vítimas fatais de coronavírus em Santa Catarina. Também deu tempo de falar sobre o transporte coletivo e a expectativa de volta às aulas. As fotos são de Fabrício Pitella.


 Dos 58 óbitos que nós tivemos nesse período, 80% foram entre pessoas que não tomaram ivermectina, e 20% entre pessoas que tomaram ivermectina”

DIARINHO – Itajaí foi o assunto mais comentado do Twitter e tema de matérias jornalísticas da mídia nacional e internacional depois de o senhor anunciar, numa live, “Ozonoterapia retal” contra a covid. O senhor se arrependeu?

Volnei: Nunca. Jamais! Muito pelo contrário. Sátira, gozação, brincadeira, uma forma de sarcasmo... De tudo em volta disso, mas, para a ozonoterapia brasileira, foi bom. Deturpou o sentido da proposta, transformou o assunto numa brincadeira, numa gozação. Mas isso acabou criando um ambiente de manifestações em todo o Brasil em favor de um assunto que há muito tempo estava recolhido, que não tinha tido tanta visibilidade, que é a questão da ozonoterapia. Eu tenho tido o apoio de muitos profissionais do Brasil que praticam a ozonoterapia, médicos e outros profissionais,  de dentistas a fisioterapeutas e outros profissionais da área da saúde, que praticam a ozonoterapia. Tenho tido manifestações de solidariedade do Brasil todo. Já é secular na Rússia. Na maioria dos países da Europa, Alemanha usa largamente, os seguros de saúde da Europa incluem ozonoterapia. A Itália, a França, Alemanha, a Espanha.  Os Estados Unidos, em muitos estados, muitos países da América do Sul. O Brasil que está um pouco atrasado nisso. Foi proposto que se pudesse também dispor do ozônio no tratamento de pacientes de covid positivos, com sintomas. Foi apresentado pela Associação Brasileira de Ozonoterapia (BOZ), lá no Ministério da Saúde, no Conselho Nacional de Ética e Pesquisa (Conep), depois de uma tramitação, de muitos documentos comprovações; o Conep aprovou esse protocolo. Os municípios brasileiros interessados em participar desse estudo multicêntrico, que é uma pesquisa, podem participar. [Quantos municípios já estão aptos a fazer parte dessa pesquisa?] Municípios? Eu posso providenciar os contatos pra você com o presidente da BOZ, com doutor Arnaldo, que ele pode te dar se há municípios aptos. Itajaí é um dos municípios que se inscreveu. A nossa documentação está tramitando. Nós estamos inscritos e tudo leva a acreditar que nós sejamos incluídos. Nós vamos participar de um protocolo nacional, de uma pesquisa experimental, onde 146 pacientes positivos utilizarão o ozônio. O método de utilização do protocolo que foi aprovado, porque essa é a forma que ele é utilizado no mundo todo nessas circunstâncias, como uma das melhores maneiras de poder propiciar o tratamento, é a insuflação retal. Não é uma coisa que nós inventamos em Itajaí.

DIARINHO - O MP recomentou que a iniciativa seja vetada. O CRM deixou claro que esse tratamento não tem eficácia comprovada. O que vai acontecer a partir de agora?


Volnei: Nós respondemos oficialmente ao ministério Público. O MP nem pode proibir. Ele teria que fazer uma representação e ter uma ordem judicial. Então, ele recomendou. Como o Tribunal de Contas pode recomendar. No caso da ivermectina, o Tribunal de Contas nos recomendou inicialmente a suspensão, mas depois nós demos todas as explicações, como essas agora do ozônio que nós vamos dar e vão ser entendidos por esses órgãos de controle. Nós respondemos para o ministério Público oficialmente, mostrando que o que nós estamos fazendo é participar de um protocolo nacional, oficial, apresentado pela BOZ, lá no Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, ministério da Saúde, que é um estudo experimental multicêntrico, que tem todo um ritual, que é aberto para todos os municípios brasileiros. Então não teria porque discriminar Itajaí. Nós estamos participando de um ato oficial, com todo um protocolo rigoroso de pesquisa, com equipe técnica responsável.

DIARINHO - O MP chegou a citar o risco de caracterizar improbidade o uso de dinheiro público em ações que não tem eficácia comprovada. O senhor não teme responder à justiça?

Volnei: Não, não. Não tenho medo de responder por isso porque não existe improbidade administrativa. É um procedimento de baixo custo, de baixo risco, e que é oficial. É um protocolo oficial nacional. Se tiver que proibir Itajaí, tem que proibir o Brasil de fazer essa pesquisa, é uma pesquisa experimental. E com todas as restrições que ainda o Conselho Federal de Medicina tem ao ozônio, ele ressalva que nos casos de pesquisa, de experimentos, isso pode ser realizado. Não há nenhuma contrariedade do Conselho Federal de Medicina nesse procedimento que nós vamos fazer. E os Conselhos Regionais de Medicina, quando são contra, se referenciam numa contrariedade proposta pelo Conselho Federal. Todas essas contrariedades serão superadas, até porque o próprio ministério da Saúde, conselho Nacional de Pesquisa e Ética, que é ligado ao Conselho Nacional de Saúde, vão dar essas explicações. A própria Associação Brasileira de ozonoterapia vai dar essas explicações. Porque o ozônio, na verdade, pelo ministério da Saúde, já está reconhecido. Dentro da legislação que propõe as práticas integrativas e complementares pra saúde no Brasil, do ministério da Saúde. Além de homeopatia, de acupuntura, de plantas medicinais, auriculoterapia, são uma infinidade de práticas reconhecidas pelo ministério da Saúde. Nós vamos ter toda a legalidade, não é nada contra à lei. Nós estamos fazendo algo claro, transparente, cristalino e legal.

DIARINHO - Cânfora, ivermectina e ozônio foram os protocolos anunciados pela cidade. Nenhum deles têm eficácia científica comprovada contra a covid. Itajaí somou 108 vítimas fatais do coronavírus na quinta-feira. É a maior letalidade do estado. Isso não é um indicador de que o ineditismo das medidas tem sido inútil?

Volnei: Nós temos dados muito bons e positivos do uso, até agora, dessas medidas complementares. Eu digo que o assunto, o cenário, tem que ser visto do começo ao final. Tem que ser visto globalmente. Desde o começo nós temos batido na tecla e reiterado aquelas medidas não farmacológicas: isolamento social pra quem deve, pra quem pode, pra quem tem mais idade, pra quem tem comorbidades, obrigatoriedade também, de isolamento social. Distanciamento social: muito importante, nas filas, nas igrejas, nos bares, restaurantes, supermercados, em todos os lugares, distanciamento social. O uso obrigatório de máscara. A higiene de mãos, de objetos, de produtos, com uso de sabão, água, sabonete, álcool em gel. E aquelas medidas restritivas, hora flexibilizando, hora apertando mais. Outro bloco de ações que nós temos feito, no outro polo: leitos de UTI, temos dobrado, triplicado, quadruplicado os leitos de UTI. Não descuidamos das medidas não farmacológicas e desse outro polo que, se chegar nessa ponta, eu não quero que chegue, porque aqui já é o final; 50% de quem vai para a UTI pode morrer. Eu não posso chegar ali, quando chegar ali eu tô no final. Mas eu tenho que ter estrutura pra não entrar em colapso. Bem, cuidamos disso. Ampliamos leitos de enfermaria em toda a região. Agora, tinha um vazio no meio, entre esse polo das medidas não farmacológicas e esse polo de UTI, eu tinha o meio do campo vazio. Que o médico atendia um paciente de covid positivo e dizia: “vai pra casa, vai tomar dipirona, se piorar, se tiver falta de ar, volta”. E quando tinha falta de ar, já era tarde. E aqueles que estavam bem e podiam continuar bem, não tem nada pra fazer preventivamente? Além de uma boa alimentação, do sono, nada de estresse, além de vitaminas que possa tomar, vitamina D, zinco, não tem mais nada pra fazer? Será que não existe mais nada preventivamente? Ou eu posso fazer alguma coisa, preventivamente, terapeuticamente? Ali que entra o X da questão. Eu sou da corrente, porque isso é um cabo de guerra, entre os pró e os contra, entre aqueles que acham que tem que ter protocolo precoce e aqueles que acham que não, primeiro tem que ter comprovação científica, primeiro tem que comprovar que é aquilo realmente. Bem, as vezes até comprovar vai passar um ano, dois, das pesquisas, e as pessoas já morreram  [...] Hoje nós temos os estudos em mãos, nós temos um relatório relacionado com o uso da cânfora, nós temos todo um resultado já publicado. Estatisticamente, nós temos pacientes que contraíram covid, tiveram em torno de 25% a menos de sintomas, ou sintomas mais brandos, em relação aqueles que não tomaram a cânfora. E entre a mortalidade, entre os óbitos, 44% a menos de óbitos entre pessoas que tomaram cânfora. Quem não tomou cânfora teve mais mortalidade. Então em alguma coisa, com certeza, ajudou. Eu tenho certeza que deve ter ajudado na imunidade por esses dados que nós temos aqui. Agora com a ivermectina, nós já temos alguns estudos preliminares, um tanto gerais, mais temos. Dia 9 de julho, nós tínhamos 50 óbitos em Itajaí. Eu vou contar aqui, porque as pessoas começaram a tomar cânfora dia 7, mas o efeito é dois dias depois. Nesse período do dia 9 de julho ao dia 5 de agosto, nós passamos de 50 óbitos que nós tínhamos no dia 9, pra 108 óbitos. Nós tivemos mais 58 óbitos nesse período. Destes 58 óbitos que nós tivemos nesse período, 80% dos óbitos foram entre pessoas que não tomaram ivermectina, e 20% entre pessoas que tomaram ivermectina. Essa é uma observação. Segundo, de 50 óbitos para 108 em Itajaí, nós tivemos nesse período um aumento de 116%. E no estado de Santa Catarina? Lá no dia 9, Santa Catarina estava com 447 óbitos. E agora no dia 5, ontem, estava com 1306 óbitos. Portanto, nesse período foram 859 óbitos. Ou seja, aumentou 192%. De 447 pra 1306 aumentou 192%. Nesse mesmo período que Itajaí aumentou 116%, no estado aumentou 192%. Uma diferença de 76%. Nós sempre vínhamos acompanhando a curva estadual. Em relação a curva estadual, nós diminuímos 76% as mortes. Significa que se nós tivéssemos acompanhado a curva estadual nós teríamos 38 óbitos a mais. Com certeza, se nós não tivéssemos usado cânfora, com certeza se nós não tivéssemos usado ivermectina junto com todas essas outras medidas restritivas que nós tivemos até agora, nós teríamos muito mais óbitos em Itajaí. [Prefeito, o senhor falou 58 mortes. Foram 58 mortes em julho só na UTI do Hospital Marieta. A letalidade do Marieta é alta. Porque morre tanta gente na UTI do hospital?] Nós precisamos fazer um estudo bem criterioso, sério e muito reservado sobre tudo isso. Porque de um hospital para outro pode variar, e aí eu tenho vários fatores que devem ser conjugados. Desde a equipe técnica, o número de profissionais de saúde disponíveis pra cada leito de UTI, cada leito de enfermaria, tem outros que estão na enfermaria e podem se agravar se não houver cuidados. Eu tenho que ver se a equipe técnica é suficiente, se não é, se tem um número de técnicos de enfermagem, de enfermeiros, de médicos necessários pra cada leito de UTI [...]. A funcionalidade dos equipamentos. O protocolo clínico tem que ser analisado. Tem que ter humildade, não é crítica que eu estou fazendo, mas precisa que o corpo clínico, que os diretores clínicos, gestores administrativos pensem sobre isso e façam um profunda análise e reflexão pra ver se há alguma questão interna que possa estar também envolvida nessa mortalidade.

Há cinco pilares fundamentais: isolamento social, distanciamento social, uso de máscara, higiene de mãos e objetos e  medidas restritivas de ambientes, de espaços, de lotação”


 DIARINHO - Países que enfrentaram a covid com baixo índice de letalidade não anunciaram terapias milagrosas, mas têm em comum a recomendação de “isolamento social e testagem em massa”. A Nova Zelândia é um exemplo de sucesso. Por aqui, o isolamento é baixo e criou-se expectativa com relação a medicações sem comprovação científica. A hidroxocloroquina fracassou nos testes científicos para pacientes com sintomas leves. Porque o Brasil nega o que a ciência atestou até agora?

Volnei: Veja só: primeiro eu quero dizer o seguinte, o tempo todo que nós preconizamos a cânfora naquela oportunidade, a ivermectina depois e o ozônio agora, a gente fala, repete e deixa muito claro que ao adotar esses procedimentos, esses tratamentos, não se pode abandonar aquelas medidas não farmacológicas. Aqueles cinco pilares fundamentais: isolamento social, distanciamento social, uso de máscara, higiene de mãos e objetos, álcool em gel e aquelas medidas restritivas de ambientes, de espaços, de lotação de pessoas e de funcionamento de toda cidade. Isso não se abre mão! Não é porque vai usar cânfora, ivermectina ou ozônio que as pessoas estão autorizadas a achar que não precisa de outros cuidados. Não!   

DIARINHO - Porque Itajaí não investiu em testes em massa da população ao invés de apostar em tratamentos com efeitos duvidosos?

Volnei: Mas veja só: nós somos uma das cidades que mais testa em Santa Catarina. Testando primeiro quem tem sintomas, que é suspeito, e faz o teste. Depois tem que fazer o teste em todos os contatos próximos, imediatos, desse suspeito. Depois tem que testar os profissionais da saúde, sempre, porque estão muito expostos. Nós começamos a fazer testes aleatoriamente em vários pontos da cidade. Nós fomos fazer teste lá no grupo dos portuários, de pescadores, em várias empresas.  Quanto mais testes é bom porque a gente diagnostica mais. Não é solução só os testes. O que adianta eu diagnosticar 10 mil que estão positivos?! É lógico que é importante, que eu vou fazer o isolamento deles, eu vou cuidar. Mas isso não me prescinde, não me exime de oferecer alguma coisa pra essas pessoas. Porque dos 10 mil testados positivos, 95% vão evoluir bem, sem sintomas ou sintomas leves, e os outros 5% desses 10 mil que não vão evoluir bem? O que eu tenho pra oferecer pra eles? [...] Isso tudo que eu venho falando, de ter medidas complementares como a cânfora, ivermectina e ozônio.

DIARINHO - Qual a sua avaliação das ações do estado e do governo federal frente à covid?

Volnei: É uma pena que no plano federal, e às vezes até no estadual, se desenvolveram situações conflitantes, contrariantes e cenários assim “a favor ou contra”, em discussões que acabaram desviando o foco principal. Eu acho que o momento que nós estamos vivendo no mundo todo e aqui no Brasil... Não é momento pra imiscuir a política, e principalmente a política partidária, os debates políticos, os conflitos políticos, os interesses políticos. É uma pena que é um ano de eleições no Brasil. Tudo se contamina. Numa pandemia como essa, o que tem que predominar é a compaixão, o que tem que predominar é a solidariedade, o que tem que predominar é as pessoas se darem as mãos. [O ministério Público pediu pra que o governo do Estado volte a assumir as rédeas das ações de combate à pandemia. O que o senhor acha?] Eu acho que seria bom. No começo, lá em março e abril, quando o governo estava à frente das medidas, a queixa dos municípios não era porque o estado estava tomando medidas, era porque o estado não estava ouvindo e compartilhando com os municípios. Tivemos uma videoconferência com prefeitos das 15 maiores cidades de Santa Catarina com o governador. Ele se comprometeu a ouvir mais ou prefeitos. Agora, mais recente, o governo transferiu toda a responsabilidade pros municípios. Em parte foi bom, porque os municípios também tem que se assumir, tem que ficar mais atentos, tem que ficar mais responsabilizados. Mas o Estado não pode tirar o corpo fora. Porque muitas das medidas dos municípios são compartilhadas por outros municípios da região. E quem é que coordena regionalmente? É o governo do Estado. 

DIARINHO - O senhor defendeu o hospital de campanha em Itajaí, que nem saiu do papel.  A falta de vagas para os pacientes graves não tende a se agravar nos próximos dias?

VM – (...) Nós discutimos com o governo do Estado várias alternativas. Pelos equívocos todos que o governo do Estado cometeu, foram muitos equívocos, o que acabou ensejando até CPI na Assembleia Legislativa. Então nós continuamos reunidos em termos regionais, prefeitos da Amfri, e decidimos que tínhamos que ampliar esses leitos de UTI onde fosse possível. Hospital Marieta sempre é uma alternativa, o complexo Madre Tereza. O complexo Madre Tereza nós incluímos dois andares, o nono e o décimo do Complexo Madre Tereza, pra poder receber leitos de UTI.

DIARINHO –Há necessidade de medidas restritivas mais amplas e severas?

Volnei:  Eu posso fazer e sempre vai ser uma coisa temporária. A gente fez várias medidas intermediárias. Pode fazer lockdown, mas nós evitamos de todas as maneiras de fazer, porque senão também sufoca a economia, o trabalho. É difícil nesse momento esse equilíbrio que temos que ter: entre as medidas não farmacológicas, a economia, as medidas hospitalares, as medidas farmacológicas, os procedimentos médicos.

DIARINHO - O contrato emergencial com a Transpiedade não foi renovado. O novo edital do transporte coletivo sequer foi lançado. Isso significa que Itajaí não terá a volta do transporte coletivo nos próximos meses?

Volnei: Não. Pelo contrário, transporte vai ter. Mesmo que não tenha o convencional, a gente vai franquear para montar um sistema alternativo como já fizemos em outras oportunidades. O edital definitivo está em andamento, temos que compartilhar com o Tribunal de Contas, não é de autonomia exclusiva do município, fazer o edital e lançar. Senão já teríamos lançado. Esperamos que em duas semanas, o Tribunal nos devolva e nos de sinal verde para abrirmos a licitação. [...] Vamos dizer que daqui a 30 dias esteja liberada a volta do transporte coletivo. Vamos nos preparar para o retorno, que pode ser com um novo contrato emergencial. Quando houver a possiblidade de liberar, nós vamos proporcionar uma forma de transporte pra população.

DIARINHO - Há alguma perspectiva do retorno das aulas nas escolas e creches?

Volnei: É um dos setores mais difíceis de tomar decisão. O desejo da gente é enorme de voltar as atividades. Temos recebido muitos apelos, principalmente do setor privado da educação, da educação infantil. Também ouço de muitos pais que se reabrirem as escolas não vão mandar os filhos enquanto não tiver segurança. Quem vai ditar isso é a evolução da pandemia, de agosto pra setembro, para a gente poder medir essa situação e saber o que pode ser flexibilizado. Tenho certeza que vamos vencer a covid. Embora ela vai persistir sempre com a gente. A gente está em busca do platô.  Quando chegar no platô e começar a descer. Mas quando a gente atingir o platô, o vírus vai seguir entre nós, vai continuar circulando, vamos continuar com muitas restrições. [...]  Vacinou, produziu anticorpos e que ela te dê imunidade, proteção. Tudo isso que foi desenvolvido ao longo da história da humanidade. O pai da medicina, Hipócrates, já descreveu duas medicinas: a dos contrários e a dos semelhantes. O anti, antibiótico, antitérmico, antifúngico, antiviral...  Você vai usar um medicamento que vai fazer um efeito contrário pra neutralizar o problema. E tem a medicina dos semelhantes, que é justamente a homeopatia. Você pode pegar o Coroninum, que tem hoje aqui, da epidemia do coronavírus. Tem um medicamento circulando, já produzido no Brasil e depois de uma boa experimentação, que é o Coroninum. O Coroninum se fez com secreções de pessoas positivas e a partir das secreções, cheias de vírus, se faz um preparado chamado plasmodium e disso se faz o medicamento homeopático. A partir do vírus do coronavírus, eu vou curar a pessoa [...].

 

 

 




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