A defensoria Pública do Estado de Santa Catarina (DPE-SC) ingressou com uma ação civil pública pra interditar a carceragem da central de Plantão Policial (CPP), de Itajaí. O pedido foi feito através de liminar e a defensoria aguarda uma posição da justiça. O defensor público Fernando André Pinto de Oliveira Filho explica que a estrutura das celas e as precárias condições de higiene colocam em risco a saúde e a vida de policiais, presos e outras pessoas que precisam ir até o local, especialmente durante a pandemia de covid-19. “Ali se verifica altíssimo risco de contágio. Não faz sentido que o poder púbico contrarie tantas normas sanitárias dentro de uma de suas repartições, enquanto outros agentes de segurança interditam estabelecimentos particulares por muito menos”, afirma o defensor público. O delegado Adriano Spolaor, que coordena a CPP, relatou em ofício à defensoria que entre a entrada e saída de presos não é realizada a limpeza da carceragem. Os piores dias, segundo o delegado, são sexta, sábado e domingo, quando há acumulo de presos na carceragem. Os detentos permanecem no local por mais de 20 horas, sem cama, alimentação ou banho e se amontoam em um espaço que chega a menos de um metro quadrado por pessoa. Os presos sequer recebem equipamentos de proteção por conta da pandemia. Pra piorar a situação, os presos estão usando garrafas de refrigerante para fazer xixi. O delegado regional da polícia Civil em Itajaí, Márcio Colatto, também relatou à Defensoria que diversos policiais já foram afastados por suspeita ou confirmação de contaminação pelo coronavírus. Na semana passada, o DIARINHO trouxe matéria informando que 12 servidores foram afastados da polícia Civil de Itajaí por contaminação pela doença. [video width="848" height="480" mp4="https://diarinho.com.br/wp-content/uploads/2020/07/carceragem-cpp-situacao-precaria.mp4"][/video]