Itajaí
Crime na barbearia foi por causa de cobrança de dívida de sociedade
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Rafael Dutra, dono da franquia Barão da Navalha, em Santa Catarina e no Paraná, procurou o DIARINHO para esclarecer a confusão que terminou em morte em frente a loja da franquia, na esquina da Terceira avenida com a rua 3110, no centro de Balneário Camboriú, na tarde de segunda-feira. Welliton Abner da Silva, que morreu na confusão, tinha comprado a franquia junto com um barbeiro de confiança, que estava tocando o negócio há três semanas. “Abner era cliente da barbearia. Eles [os antigos donos] tinham a barbearia há dois anos, negociaram e aceitaram vender”, conta Rafael. Rafael não quis informar os valores da transação que não foi concretizada porque os compradores não honraram a dívida. Já a polícia Civil informou que o negócio foi fechado por cerca de R$ 160 mil, com pagamento de R$ 16 mil no ato da assinatura do contrato e mais seis parcelas de R$ 21 mil. O problema seria que Abner não estaria fazendo os pagamentos. Os dois antigos donos marcaram uma reunião com Abner na tarde de segunda-feira na barbearia. A ideia, segundo Rafael, era cancelar o contrato e os antigos donos reassumirem a barbearia, diante da falta de pagamento. Só que Abner chegou ao local vestindo colete à prova de balas, calça operacional e mochila, com uma pistola nove milímetros carregada e bastante alterado. No meio do bate-boca, segundo a versão oficial, um policial militar de folga passou pelo local e tentou acalmar os ânimos. Abner então apontou a pistola pro rosto do policial e o agrediu derrubando no chão. O policial sacou a arma, uma pistola 380, e atirou três vezes contra o agressor. Abner chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital com ferimentos provocados no rosto, na barriga e no pé. Os antigos donos, o PM e o barbeiro que entrou de sociedade com Abner prestaram depoimento ao delegado de plantão. O barbeiro de Abner contou que era ele quem tocava o negócio, mas Abner era o sócio investidor. Com a confusão e a morte de Abner, os antigos sócios vão cancelar o contrato por falta de pagamento e reassumir a barbearia. O delegado Uiliam Soares da Silva tomou depoimento do PM de folga que estava perto da barbearia. Com base no depoimento e nas imagens de câmeras de segurança, o delegado concluiu que o policial agiu em legítima defesa.