O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL), conhecido como “príncipe” por ser integrante da antiga família imperial do Brasil, revelou em entrevista à Revista Época que o então candidato a presidente Jair Bolsonaro, desistiu de convidá-lo para ser seu vice-presidente, depois que Gustavo Bebiano, braço direito do presidente teria conseguido fotos em que Luiz Philippe estaria em uma “suruba gay” e outras imagens em que agrediu um morador de rua. O deputado nega que tenha participado de festinhas ou agredido alguém. Ele garante que foi vítima de uma armação. "Ele disse ao presidente que haveria um dossiê que tinha fotos minhas, segundo um amigo me contou na ocasião. O dossiê foi usado porque era domingo de manhã e era o último dia para protocolar quem seria o vice. Ele não queria colocar um militar, inicialmente", disse em entrevista. "Sei que esse tipo de armação ocorre a todo momento. Sei que circulam informações falsas. O dossiê falso era de fotos que eu fazia uma suruba gay e que eu batia em mendigo", contou o deputado. Está semana Bolsonaro pediu desculpas e disse ao deputado que se arrependeu de não ter escolhido Luiz como seu vice. Outro desafeto do presidente, Alexandre Frota, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, confirmou que Bolsonaro chegou a questioná-lo se o príncipe era gay, e acabou convidado o general Hamilton Mourão para o cargo. Nesta quarta-feira, a jornalista Mônica Bergamo revelou em sua coluna na Folha de São Paulo, que Bolsonaro teria lamentado a escolha de Mourão, e que queria mesmo era o Príncipe. Já Bebiano gravou e postou um vídeo nas redes sociais desmentindo que tenha visto o suposto dossiê sobre o presidente. “Naquela madrugada foi Bolsonaro que me ligou falando dessas fotos e dizendo que não poderia ser o príncipe o vice. Acordei com essa decisão do então candidato. Mas nunca cheguei a ver essas tais fotos, “ alegou.