Continua depois da publicidade

Eles são uma espécie de porquinhos-da-índia. Roedores de corpo robusto, têm orelha curta e não possuem cauda.

Eles são uma espécie de porquinhos-da-índia. Roedores de corpo robusto, têm orelha curta e não possuem cauda.

O preá-de-moleques-do-sul está entre os 20 pequenos mamíferos mais ameaçados de extinção do mundo. Por isso, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA, antiga Fatma) começou a produzir o Plano Estadual de Conservação do preá-de-moleques-do-sul, na tentativa de salvar a espécie

O mamífero foi reconhecido em 1989, quando pesquisadores estudavam as pequenas árvores do arquipélago de três ilhas. De início, o animal foi confundido com outra espécie de preá que há no continente.

Em 1991, no entanto, estudos mostraram as diferenças entre os dois preás e foi aí que surgiu a nomenclatura da espécie de Moleques do Sul. Tudo indica que a espécie começou a se formar há cerca de oito mil anos, quando aquelas ilhas se formaram com a subida do mar e os bichinhos ficaram isolados.

Em 1999, 10 anos depois da descoberta do animal, um artigo foi publicado com o nome científico do preá-de-moleques-do-sul: Canvia intermedia. O termo intermedia foi usado porque as características do bichinho eram intermediárias entre duas espécies de preás.

A população de preá-de-moleques-do-sul é muito pequena. Gira em torno de apenas 50 animais. Esse número flutua entre 30 e 60 de acordo com o nascimento e a morte dos bichinhos ao longo do ano. Esse número reduzido o deixa ainda mais frágil enquanto espécie.

Os nascimentos ocorrem todo o ano, especialmente, nas estações quentes. A gestação dura entre 30 e 60 dias e pode resultar no nascimento de um ou dois filhotes. A expectativa de vida desta espécie é de aproximadamente 400 dias.

O preá não tem predadores naturais na Ilha, sua maior ameaça é a interação com o homem. Sua sobrevivência também está ligada às plantas da ilha, já que ele é herbívoro.