Itajaí

Marejada 2018 | 32 anos da nossa festa

Nos primeiros anos, Marejada trazia muitos shows nacionais
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A tradicional e conhecida Marejada, aquela que integra o calendário das festas de outubro de Santa Catarina, passou por inúmeras mudanças ao longo destes 32 anos.  Ela surgiu em 1986 e tinha como foco a valorização da cultura açoriana. Naquela época as pessoas que pensavam o turismo tinham o desejo de criar um evento para incentivar o setor. “Neste período tinha a Oktoberfest de Blumenau e as pessoas das outras cidades da região perceberam que a festa trazia público de vários lugares. Aí surgiram outras iniciativas como a Fenarreco de Brusque e a Marejada de Itajaí, mas sem cunho germânico como as demais”, comenta o superintendente da Fundação Cultural de Itajaí, Normélio Weber. O empresário Reynaldo José Wanderhec fazia parte do grupo que fundou a Marejada. Ele conta que além do interesse de atrair visitantes a festa foi criada como um atrativo para os moradores de Itajaí. “Naquela época não tinha muita opção, então a festa era um local onde as famílias se encontravam. O nosso grupo saía com os cartazes pela cidade para divulgar. A gente parava nas lojas, nos bares e pedia para colar o anúncio. Era um período onde não tínhamos recursos para investir, então a gente mesmo saía divulgando”, lembra Reynaldo. A primeira edição da festa teve cinco dias de duração e ganhou este nome por causa do sobe e desce das marés, que os pescadores chamam de marejada. A festa acontecia em tendas montadas no antigo terminal de ônibus da cidade, onde hoje fica o Centreventos. “Ali tinha apenas o terminal e o Saco da Fazenda. A festa era uma celebração, não era para ganhar dinheiro. O som era feito por músicos da cidade. Lembro que a banda Guarani, que eu também fiz parte, saía pelas ruas convidando as pessoas para a Marejada. A gente distribuía amor pelo evento. Foram anos muito especiais”, destaca um dos fundadores. Boas recordações Mesmo com a essência de uma festa pensada para valorizar a cultura açoriana, nestas mais de três décadas a Marejada já vestiu outros conceitos, promoveu iniciativas e  trouxe para dentro do evento outras culturas étnicas presentes em Itajaí.  A Marejada deixou de ser uma festa de integração local e cresceu, evoluiu, criando uma série de ciclos. Alguns são lembrados com nostalgia por quem participou. O músico Julio Viana destaca por exemplo o ano de 1993. “Naquela época o local dos shows era lotado, tinha capacidade para seis mil pessoas e todas as noites o público estava lá. A Beira Rio ficava tomada de ônibus de turistas vindos de várias regiões. Este foi um ano muito especial, pelo público que vinha de todo o Brasil”, finaliza Julio. Durante 20 anos, os restaurantes da Marejada funcionavam dentro de barcos estilizados. A festa tinha no repertório shows nacionais. Trouxe para Itajaí Fafá de Belém, Exaltasamba, Michel Teló e a participação do português Roberto Leal. A Marejada, assim com outras festas tradicionais contava com realeza, tinha desfiles pelas ruas e até uma família de mascotes formada por caricaturas de uma sardinha. Seu Reynaldo,conta que a criação do Marejão foi uma ideia de um dos integrantes do grupo fundador da festa. “O Luiz Felipe Sada Graf (in memoria) foi o responsável por dois pontos importantes da festa; o primeiro foi a escolha do nome. Quando foi para escolher, tinham opções como a festa do Mar, Festa do Pescado, mas ele convenceu o grupo do nome Marejada. O segundo ponto foi o mascote. Me recordo que tinha desenho de um peixe, um carangueijo, uma sardinha e o Felipe desenhou o que nós temos hoje e ficou. Claro que a chegada do Marejão não foi na primeira edição, mas ele foi o responsável por esta parte da história da festa. Um homem criativo. Felipe era um intelectual”, declarou um saudoso Reynaldo. Outro ciclo foi a saída da Marejada do calendário das festas de outubro para acompanhar as regatas internacionais. Em 2017 ela retornou ao calendário com a proposta de fortalecer a identidade de uma festa voltada para o mar e inovadora, valorizando a cultura açoriana.  A montagem de algumas estruturas caiu na graça dos visitantes.  O Fish Garden, um espaço com varais de luzes, foi uma das atrações. A sardinha na brasa manteve o status de carro-chefe do evento. E um dos reencontros mais emocionantes da história da Marejada aconteceu em 2017 quando o casal mascote da festa Marejão e Marejoa se reencontrou. O casal, aliás, foi um dos responsáveis por solidificar a Marejada como uma festa da família. Para quem viu a festa nascer esta evolução é inevitável. “Hoje em dia estas mudanças são inevitáveis, a festa tem que acompanhar a evolução, tem que investir não podemos retroceder, pois corre o risco do pessoal moderno não gostar. Eu fico aqui acompanhando e aplaudindo”, finaliza seu Reinaldo, um dos responsáveis pela criação da festa que representa Itajaí.




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