A semana começou com greve dos servidores da Receita Federal em todo o país. A paralisação envolve duas categorias, a dos analistas tributários e dos auditores fiscais. Em Itajaí, são 35 funcionários em greve. A mobilização maior é dos analistas tributários, chegando a 70% do quadro, o que dá 22 de 32 servidores. A categoria está parada desde segunda-feira e fica de braços cruzados até hoje, quando a classe volta a discutir como será a mobilização pra semana que vem. Já os auditores fiscais decidiram pela greve de 30 dias. Em Itajaí, a adesão é de 30%, ou 13 dos 43 funcionários. De acordo com o delegado do sindicato dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), Ronaldo Luiz Casas, os servidores querem que o governo federal cumpra o acordo salarial da categoria, assinado em 2016 e aprovado pela lei 13.464/2017, que reestrutura a remuneração do trabalhares da Receita. Eles também querem a regulamentação do chamado bônus de Eficiência, uma gratificação a ser acrescentada no salário conforme o desempenho do servidor no cumprimento de metas. “Sempre tem motivos políticos que impedem a aprovação do bônus”, critica Ronaldo. De acordo com o delegado sindical, cerca de 20 analistas estão em greve em Itajaí. O movimento discute a mobilização a cada semana, prevendo paralisações entre segunda e sexta-feira. Esta semana, a assembleia votou pela paralisação na segunda, terça e quarta-feira. A greve afeta o atendimento ao público e a fiscalização de importações e exportações. Apenas medicamentos, cargas perecíveis e aquelas com ordem judicial devem ser obrigatoriamente atendidas. “A greve foi nosso último recurso”, fala Ronaldo, reconhecendo os impactos da paralisação. Já da parte do sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), a determinação foi parar por 30 dias, mantendo ao menos 30% dos servidores à disposição. A reivindicação é a mesma: o cumprimento da lei 13.464 pela revisão salarial. Conforme o delegado do Sindifisco Nacional em Itajaí, Carlos Eduardo Camargo Madeira, apenas 30% dos 43 auditores da cidade aderiram à greve o que, segundo ele, praticamente não afeta os trabalhos. Ele explica que a baixa adesão é porque os auditores são obrigados a atender liminar da justiça pra garantir os despachos de importação.