Seis catarinenses estão entre os 1118 brasileiros que tiveram a cidadania italiana cancelada pela prefeitura da cidade de Ospedaletto Lodigiano, região da Lombardia, no norte da Itália. Eles são acusados de fraudar os processos de cidadania através do pagamento de propina a funcionários públicos italianos. Pela lista divulgada no site da prefeitura de Ospedaletto Lodigiano, os catarinenses são: Roberto Dagnoni, 40 anos, de Blumenau; Esther Cherubini Tomdi, 53, de Lages; Marilei Kroetz, 42, e Vanderlei Kroetz, 44; e os irmãos J.V.S.N., 14, e e H.S.N., 12, de Sombrio. Mas a grande maioria dos brasileiros acusados de corruptores são da cidade de São Paulo. Mais de 400. Há ainda 18 do Rio de Janeiro, 44 de Belo Horizonte e 30 de Curitiba, por exemplo. De acordo com as autoridades italianas, pelo menos dois funcionários públicos daquele país recebiam propina para atestar que os brasileiros moravam há algum tempo na cidade, um dos requisitos numa das formas de se obter a cidadania daquele país. Um casal de brasileiros também está sendo investigado, sob suspeita de trabalhar em conluiu com os servidores públicos italianos. A pequena cidade de Ospedaletto Lodigiano tem apenas 1574 habitantes. Foi isso que chamou a atenção das autoridades, já que constavam 1188 com registro de estrangeiros descendentes de italianos morando por lá. Foi aí que as autoridades descobriram que, apesar de terem atestado de residência, a grande maioria dos brasileiros sequer morou lá. Apesar da lista do cancelamento dos vistos de cidadania ter sido divulgada agora em fevereiro, a investigação começou em meados do ano passado. Todas as cidadanias canceladas foram concedidas num período de dois anos, entre 2015 e 2017. Não foi informado se os brasileiro responderão criminalmente pela fraude. Os brasileiros descendentes de italianos costumam buscar a dupla cidadania, porque, com o passaporte italiano podem viajar, morar e trabalhar com mais facilidade em todos os países da União Europeia.