Itajaí
Gaeco estaria investigando a prefeita de Itapema
Há a suspeita de que ela pode estar envolvida na venda fraudulenta de alvarás
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Documentos vazados e um áudio de Whatsapp apontam para o suposto envolvimento da prefeita de Itapema, Nilza Simas (PSD), nas investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que apuram a venda ilegal de alvarás para ambulantes na temporada de verão. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que não comentará o assunto por enquanto. Como o processo corre em segredo de justiça, o Ministério Público também não quis informar nada sobre o caso. A foto de uma página que supostamente faria parte do inquérito do Gaeco, recebida pelo DIARINHO, aponta que a funcionária da prefeitura presa na operação Castelo de Areia, na semana passada, teria acusado Nilza Simas de participação quando ainda era vereadora. A foto de outro documento enviado à redação mostra um texto que seria um despacho da juíza Carolina Cantarutti Denardin, da Vara Criminal de Itapema, remetendo o inquérito ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina porque a prefeita tem foro privilegiado. A assessoria de imprensa do TJ informou que não recebeu o processo até à tarde de ontem. Segundo um áudio que circula em grupos do WhatsApp, gravado supostamente pelo irmão da prefeita, Patrick Simas, Nilza teria sido citada propositalmente pela funcionária da prefeitura presa pelo Gaeco. No áudio, ele alega que Nilza teria colaborado com as investigações do MP, aberto sindicância para apurar as denúncias e afastado e cortado as gratificações da funcionária suspeita. “No depoimento dela, (...) ela citou o nome da Nilza. A gente não sabe o que ela citou, (...) mas só o fato de a prefeita ser citada a ação sobe pra a procuradoria do estado e não tem mais capacidade de ser julgada aqui. Agora começa a especulação. Diz que a gente tem fábrica de canga, meu pai está envolvido, tem ponto de milho na praia. Mas é só retaliação política. Vocês fiquem tranquilos que está absolutamente sob controle. O único problema é o desgaste político”, fala supostamente o irmão da prefeita. Castelo de Areia Na semana passada, o Gaeco prendeu três pessoas, entre elas uma servidora da prefeitura de Itapema. O Gaeco cumpriu nove mandados de busca e apreensão. Segundo a promotora que conduziu as investigações, Ariane Bulla Jaquier, o valor cobrado pela quadrilha chegava a R$ 15 mil por cada licença para ambulante. O caso foi denunciado por um vereador ao Ministério Público. A prefeitura alega que instaurou sindicância interna que apurou as irregularidades.
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