Apesar da campanha eleitoral estar apagadinha na city peixeira, alguns carros de som com jingles dos candidatos já circulam pelas ruas. Em Balneário Camboriú, a onda das músicas-temas dos candidatos já tá mais disputada. Confira o áudio dos jingles dos candidatos no saite do DIARINHO (www.diarinho.com.br). Até aqui, a coleção de paródias de obras famosas atinge músicas de artistas internacionais, nacionais e até hits do momento. A lista de pérolas é grande.

Como é o caso da “Eu vou votar no Claudir”, cópia descarada do sucesso “I want to break free”, do grupo Queen. “Marcelo Werner com você” é uma paródia do cantor Luan Santana e seu sucesso “Tô de cara com você”. As duas músicas já grudaram na cabeça de alguns eleitores quinem chiclete. Mas o resultado nas urnas ainda é imprevisível.

Os políticos que tentarão mandatos em outubro preferiram, na maioria, parodiar músicas famosas — sem dar muita bola pros direitos autorais das canções. Como fez o candidato Claudir Maciel (PPS). O dublê de ator mexicano corre o risco de ser processado pela EMI, que detém os direitos autorais do Queen. A empresa tá analisando os detalhes do jingle de Claudir e, se for comprovado o uso da gravação original da música, o candidato pode levar um processo no lombo.

Conforme o dublê postou em seu twitter, a versão tem origem em outra febre da rede social Youtube, “Comprei um quati”, que tem inspiração declarada no grupo inglês, e que circula na rede desde 2007.

Outro que colocou nas ruas a paródia da música do momento “Eu quero mais é beijar na boca...” da cantora Cláudia Leitte, foi o candidato Cláudio Dalvesco (PSB). O bom-veinho lançou o jingle “É só votar com Cláudio Dalvesco e ser feliz daqui pra frente...”

Além deles, o candidato do PDT, Paulinho Amândio, apostou na paródia da música “Pode chorar, mas eu não volto pra você”. Na versão do candidato o refrão é “Paulinho Amandio com você”.

Inéditos

Mesmo com as paródias em alta entre os candidatos da região, existem aqueles que apostaram no exercício de fabricar jingles inéditos, prática que rendeu músicas inesquecíveis como o “Lula-lᔠe o “Dois patinhos na lagoa, vote Afif 22”.

Quem fez esse tipo de aposta foi o candidato Volnei Morastoni (PT). O barbudinho trouxe pras eleições 2010 a música da disputa eleitoral à prefeitura de 2008. “É Volnei, é Volnei...”.

Outros que também trouxeram novidades nos carros de sons foram Fábio Flor (PP), com “Fábio Flor é renovação...”; Dado Cherem (PSDB), com “Dado sabe que plantando um dia a gente colhe...” e Fabrício Oliveira (PSDB,) com “Fabrício Oliveira, juntos nós podemos. Sim este é o tempo de renovação”. Resta saber se os hits vão grudar na cabeça das pessoas.

Já os candidatos Níkolas Reis (PT), com “Esse é daqui, esse é daqui, esse é daqui. É Níkolas”, e Cláudio Vignatti (PT), com “...Vignatti é o meu candidato, é juventude mudando a nação...” trouxeram pro jingle a velha marchinha de Carnaval.

Mau gosto

Pior do que as paródias são os jingles parados. Aqueles que o nome e o número do candidato passam despercebidos numa montoeira de letra sem fim. Como é o caso dos três candidatos ao governo da Santa & Bela: Angela Amin (PP), Raimundo Colombo (DEM) e Ideli Salvatti (PT). São melodias que querem contar, em poucos minutos, tudo o que o candidato pensa em fazer se for eleito. É o tipo de hits que pode ser usado pra fazer criança dormir.

No caso de Colombo, que apostou numa melodia regionalizada, do oeste catarina, você consegue se imaginar pegando o chimarrão e tomando em frente à fogueira.