Trabalhadores da Petrobras em Itajaí aderiram à paralisação nacional que rolou na sexta-feira. A turma cruzou os braços pra pressionar a empresa a atender as reivindicações e aumentar o faz-me rir. Pelo menos 40 petroleiros da city peixeira pararam de trampar durante quatro horas, das 6h às 10h da matina. O diretor do sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) no Paraná e na Santa & Bela, Adriano Flores, comenta que a Petrobras não ofereceu uma contraproposta decente e que a paralisação gerou atraso nas atividades. Mas a empresa não admite que saiu no preju.

Adriano diz que, em terras catarinas, 80% dos trabalhadores participaram do beicinho. Em Itajaí, foram 90%. Além da paradinha de quatro horas, os petroleiros de Itajaí, Biguaçu e Guaramirim fizeram uma operação segura, ou seja, se deram o direito de recusar os trampos mais perigosos. “Estamos mostrando nossa força. Este foi um aviso, queremos uma contraproposta decente, não migalhas”, lascou.

O presidente do Sindipetro na região, Silvaney Bernardi, comenta que o protesto foi bem sucedido, que os trabalhadores participaram da manifestação e tão dispostos a lutar por seus direitos. Ele disse que o beicinho foi um alerta.

Adriano acrescentou que, se a empresa não apresentar uma proposta melhor, a turma vai parar novamente. “Estamos forçando a Petrobras a apresentar uma nova proposta. Nossa data base é setembro, mas não temos pressa pra fechar o acordo”, lascou.

Entre os pedinchos feitos pelos petroleiros tá a reposição salarial de acordo com a inflação no período entre setembro de 2009 e agosto de 2010, que é de 5%. Os trabalhadores também querem aumento de 10% em ganho real e produtividade, além de outras melhorias e garantias trabalhistas.

Sem preju

A Petrobras informou, em nota oficial, que a paralisação não afetou a produção e as operações da empresa. Em contrapartida, diz que segue com a mesa de negociações aberta, que já apresentou uma proposta, mas que realizará reuniões pra buscar uma solução favorável tanto pra empresa quanto pros trabalhadores.