Itajaí

Conheça os barcões e as equipes que vêm aí

Barcos zarpam no dia 5 de novembro de Alicante, na Espanha, pra Cidade do Cabo, que vai ser a primeira parada da regata. Em abril de 2012, os barcões chegam aqui

Faltando dois meses para a largada da Volvo Ocean Race (VOR) 2011/2012, na cidade espanhola de Alicante, as seis equipes confirmadas até o momento na maior regata de volta ao mundo intensificam os preparativos pra zarparem pro mar no dia 5 de novembro. Os barcos de 70 pés (21,33 metros) prontos pro desafio e pra passar pela city peixeira em abril do próximo ano são: Telefónica Team (Espanha), Camper/Emirates Team (Nova Zelândia), Groupama Sailing Team (França), Abu Dhabi Ocean Racing (Emirados Árabes Unidos), Puma Ocean Racing (Estados Unidos) e Team Sanya (China). A última equipe corre por fora na disputa, já as outras cinco estão investindo pesado pra vencer. Segundo a organização VOR, uma segunda equipe espanhola ainda pode ser confirmada, mas, com a proximidade da largada, esse sétimo time fica improvável, apesar de não impossível.

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Telefónica investe em capitão experiente

A equipe espanhola, além de largar em casa, investe pesado e conta com um capitão experiente: o espanhol Iker, da Barcelona World Race. Ele já participou de outras edições da VOR. Em 2008/2009, foi co-capitão da equipe Telefónica Azul, terceira colocada da edição. Além dessa experiência, o velejador acumula em sua carreira duas medalhas olímpicas (uma de ouro e uma de prata) e um campeonato mundial da classe 49er. Pra transformar o favoritismo em vitória, a Telefónica Team foi uma das primeiras equipes a começar os treinamentos. Em maio deste ano, o veleiro da equipe Telefónica começou a temporada de trabalhos partindo do porto de Alicante, exatamente onde rola a largada da competição pro porto de Rubicón, nas ilhas Canárias.

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Abu Dhabi Ocean Racing: estreante quer surpreender

A equipe árabe estreante na competição é comandada por Ian Walker, um dos velejadores mais bem sucedidos da Grã-Bretanha, com duas medalhas de prata olímpicas. Com uma tripulação experiente, a Abu Dhabi Ocean Racing espera surpreender os adversários e escolheu Portugal pros primeiros testes da nova embarcação. Construído nos estaleiros da Persico, em Bergamo, Itália, o barco tem 20 metros de comprimento e mastro com 32 metros de altura, em fibra de carbono. Depois de velejar milhares de quilômetros da Itália pra Cascais, em Portugal, Walker constatou cerca de 80 pontos no barco que devem passar por pequenos ajustes pra melhorar o desempenho.

Na Camper/Emirates Team, a união faz a força

O australiano Chris Nicholson foi escolhido capitão do barco neozelandês, que tem uma tripulação experiente com a Emirates e agora recebe a Camper como parceira. Coletivamente, a equipe Camper/Emirates Team traz uma riqueza de experiência pra competição. Membros da equipe têm entre eles pelo menos três campanhas olímpicas, 17 copas América, 22 Volvo/Whitbread e numerosos campeonatos pelo mundo. Além disso, o país tem um favoritismo nato nas regatas, pois Auckland, na Nova Zelândia, é conhecida como Cidade das Velas.

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Puma Ocean Racing quer voltar a vencer

O capitão americano Ken Read recrutou apenas “experts” em alto-mar pra maior regata de volta ao mundo. A equipe americana Puma Ocean Racing é sete vezes campeã da prova e apostará na experiência pra vencer mais uma vez a disputa. Dos 10 tripulantes do time, seis têm mais de 40 anos e outros dois mais de 30. Mas o seu diferencial não está apenas em seus recursos humanos. Como membro honorário da tripulação, entra em cena Marmo, um mascote criado especialmente pela Puma pra ensinar os jovens navegantes e fãs do esporte sobre a importância e a responsabilidade compartilhada na conservação do oceano.

Team Sanya: importante é competir?

A China entra pela segunda vez na VOR. Na edição anterior, foi parceira da Irlanda no barco Green Dragon. Dessa vez, a equipe Team Sanya aposta todas as fichas na experiência do capitão neozelandês Mike Sanderson, que já foi duas vezes campeão dessa regata. O barco, já apelidado de arco-íris, é na verdade o Telefónica Blue, utilizado pela equipe espanhola em 2008/2009, que foi reformado pra esta edição. O trabalho do desenho multicolorido representa uma ave Fênix, pássaro mítico símbolo de boa sorte na China.

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Groupama Sailing Team terá barco novinho

A equipe Groupama Sailing Team participa da Volvo Ocean Race 2011/2012 pela primeira vez e para isso construiu o veleiro Open 70 Groupama. Em maio, o capitão Frances Franck Cammas, representantes da equipe, tripulantes e uma multidão entusiasmada participaram do pontapé inicial do projeto: a colocação do barco na água. Em junho, o barco foi batizado, em Lorient, na França, e em agosto participou da Fastnet Race, no Reino Unido. A competição foi usada pelo capitão Franck para ver como Groupama se saía diante de seus adversários. Mas a prova de fogo do veleiro será velejar mais de 39 mil milhas náuticas na maior regata de volta ao mundo, a Volvo Ocean Race.

Como é uma regata de volta ao mundo?

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Há vários tipos de corridas em torno do planeta a bordo de um barco. O que varia é o tipo de embarcação, o número de tripulantes, a rota percorrida e a duração da competição. As provas mais famosas são a Vendée Globe e a Volvo Ocean Race. Ambas rolam de quatro em quatro anos, como a copa do Mundo e as Olimpíadas, mas essa é a única semelhança entre elas.

A Vendée é disputada por navegadores solitários, que partem da costa da França, contornam a Antártida e voltam pro local da largada, sem nenhuma escala no caminho. O campeão da última edição deu esse rolê em apenas 84 dias. Essa é talvez a prova mais difícil do iatismo, mas a Fórmula 1 dos mares é, sem dúvida, a Volvo Ocean Race.

A competição dura oito meses e cruza os oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. As tripulações têm 10 escalas ao redor do mundo e os barcos são os mais modernos do planeta. Pra bancar toda essa mega estrutura, as equipes são patrocinadas por grandes empresas, que investem um custo estimado entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões por time.

Além disso, a Volvo (que até 1998 chamava-se Whitbread Round the World Race) é a competição de volta ao mundo mais antiga. A primeira edição rolou em 1973, organizada pela Marinha Real Britânica, que viu a regata como um ótimo desafio pros seus oficiais. Até aquele ano, menos de 10 barcos tinham conseguido cruzar o cabo Horn (ao sul da América do Sul), que continua sendo o grande bicho-papão da prova, graças aos icebergs e às ondas de mais de 10 metros.

A rota 2011/2012

Nesta edição, as equipes velejarão mais de 39 mil milhas náuticas pelos mares de Alicante (Espanha), Cidade do Cabo (África do Sul), Abu Dhabi (Emirados Árabes), Sanya (China), Auckland (Nova Zelândia), ao redor do Cabo Horn até Itajaí, Miami (EUA), Lisboa (Portugal), Lorient (França) e Galway (Irlanda).

A parada brazuca, em Itajaí, na Santa & Bela, está prevista pra abril de 2012. A vila da regata deverá ser aberta no dia 5 do mesmo mês, quando devem chegar os primeiros barcos. Depois de duas semanas de manutenção, as equipes disputam a regata Pro-Am, no dia 20, a Regata do Porto, no dia seguinte, e largam pros Isteites no dia 22.

Mais uma edição sem barco brazuca

Devido aos altos investimentos, mais uma vez a disputa não contará com a participação de um barco brazuca. Em 11 edições da Volvo Ocean Race, apenas em uma delas um barco tupiniquim disputou a competição. Isso rolou na nona edição, em 2005/2006. O veleiro Brasil 1 terminou em terceiro lugar na classificação geral e fechou um dos mais audaciosos capítulos da história esportiva nacional. O Brasil 1, com custo estimado total de R$ 38 milhões, foi o maior projeto de apenas uma modalidade esportiva já realizado por aqui.

O investimento fez do Brasil 1 o primeiro barco de sua classe construído na América do Sul e o mais moderno e rápido veleiro da história da vela brasileira. Sob o comando de Torben Grael, o time brazuca foi o terceiro na classificação geral e ainda conquistou uma vitória, na oitava etapa, entre Inglaterra e Holanda.

Ao contrário do que normalmente acontece, o dinheiro não saiu dos cofres públicos. Pelo menos não a maior parte. Dos R$ 38 milhões gastos, R$ 30 milhões vieram da iniciativa privada. Os oito milhões restantes foram divididos entre empresas estatais e apoio de três ministérios diferentes.

Torcida pela equipe espanhola?

Sem barco brazuca, a torcida dos brasileiros deve se voltar pra equipe espanhola. A Telefónica Team conta com um tupiniquim e um “manezinho”. O carioca Joca Signorini será o capitão de turno, uma espécie de “secretário direto” do comandante. Ele foi campeão na edição anterior da VOR pelo barco sueco Ericsson 4, comandado por Torben Grael. E também acumula a experiência da medalha de bronze com o barco Brasil 1.

Além de Joca Signorini a bordo, o Team Telefónica conta com um precioso reforço em terra. O uruguaio radicado em Florianópolis há mais de duas décadas, Horacio Carabelli, é o diretor técnico do time.

CURIOSIDADES

No vento e na raça

O barco tem motor e uma pequena reserva de combustível, mas caso ele seja acionado durante as travessias, a equipe é desclassificada. Pra evitar trapaças, antes da largada de cada prova, um fiscal lacra o motor e, logo após a chegada, outra vistoria é feita. As velas também têm limite: são 24 pra competição inteira, mas apenas 11 são levadas pra cada etapa.

Vida, louca vida

A vida no barco não é das mais confortáveis. Pra dormir, os tripulantes fazem turnos de três horas, revezando-se nas macas instaladas na cabine. As refeições são estranhas: a comida, desidratada, não tem gosto e a água, dessalinizada, tem. Banho em alto mar, nem pensar, mas, além do uniforme, cada um pode levar uma malinha com uma camiseta, três roupas de baixo e dois pares de meia.

Fazendo a diferença

Pra aumentar a competitividade, a organização da prova determina que os barcos tenham as mesmas medidas e materiais. Apesar disso, cada equipe constrói o próprio barco e tenta tirar vantagem dos detalhes. Por exemplo: a regra só controla a área máxima das velas, o que permite variações no formato delas.

Divisão de tarefas

As tarefas são rigorosamente divididas. Cada um tem um cargo oficial - capitão (que dá a palavra final em tudo) e navegador (que dita o caminho a ser seguido), por exemplo, - além de funções alternativas, como cozinhar e cuidar da saúde dos tripulantes. Quando necessário, alguns assumem até o posto de contrapeso, sentando na borda pra evitar que o barco vire.

Peso pesado

Pra aproveitar melhor o vento, os barcos sempre tombam pra um dos lados. O que garante que eles não capotem é a quilha, que tem um lastro de chumbo (de 4,5 mil quilos) na sua extremidade. Nas últimas edições, os barcos da Volvo Ocean Race passaram a usar uma quilha móvel, que altera o ponto de equilíbrio da embarcação para pegar mais vento nas velas.

A rota

O percurso é dividido em nove “pernas”, como os iatistas costumam chamar as travessias entre duas cidades. Todas pontuam: o primeiro colocado de cada etapa leva sete pontos e o último um. Além disso, há provas locais (que saem e chegam no mesmo porto) e portões de pontuação (pontos no meio do oceano) que garantem pontos extras.




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