A greve continua. Essa foi a resposta dos funcionários dos Correios da região à proposta da direção da empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), feita em audiência realizada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), na última terça-feira, em Brasília. Ontem, assembleias da federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), realizadas em vários estados do país, negaram a proposta de aumento de R$ 80 feita pela ECT. Em Itajaí, a greve já entra no 22º dia e cerca de um milhão de correspondências estão encalhadas.
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A pilha de cartas e encomendas ainda sem chegar no destino final aumenta a cada dia na city peixeira. Já temos um milhão de correspondências paradas. Mas infelizmente não podemos desistir de reivindicar ...
A pilha de cartas e encomendas ainda sem chegar no destino final aumenta a cada dia na city peixeira. Já temos um milhão de correspondências paradas. Mas infelizmente não podemos desistir de reivindicar nossos direitos, então vamos continuar com a greve. Na nossa região, cerca de 60% dos funcionários estão de braços cruzados e só vamos retornar quando todos os nossos pedidos forem atendidos, informa Gilson Vieira, do sindicato dos Correios da região de Itajaí. Se a greve terminasse hoje, nós demoraríamos cerca de um mês para normalizar todas as entregas, pois o nosso efetivo de carteiros em Itajaí é defasado em 15 funcionários, calcula.
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Gilson ainda orienta os peixeiros que têm correspondência pra receber. Quem precisar pegar uma correspondência pode ir até a agência dos Correios. Se a carta ou malote já estiver na cidade, pode estar faltando apenas a entrega. Mas se ainda estiver em outra agência, o jeito é esperar, avisa o amarelinho.
Não aceitaram
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O acordo firmado no TST na terça-feira deu a impressão que a greve finalmente acabaria. A proposta previa a reposição da inflação de 6,87%, retroativa a agosto, e ainda um aumento real de R$ 80 a partir de outubro. Dos 21 dias da greve, 15 seriam compensados em finais de semanas e seis seriam descontados a partir de janeiro de 2012, e parcelados em 12 vezes. Mas, de acordo com nota divulgada ontem pela Fentect, os grevistas pedem aumento salarial de R$ 200, reposição da inflação em 7,16% e piso salarial de R$ 1635. A nota ainda ressalta que um dos principais motivos da continuidade da paralisação é a posição da ECT em descontar os dias de greve.