Itajaí

Inovação e boa gestão ajudam a aumentar sobrevivência das pequenas empresas

Pesquisa aponta que dois terços dos negócios pequenos já passam dos dois anos

Há sete anos, metade das micro e pequenas empresas no Brasil não passava dos dois anos de sobrevivência. Hoje, 73% delas sobrevivem aos 24 meses iniciais, considerado o período mais difícil pra manter o negócio funcionando. “Este é um resultado excelente. O que era mortalidade agora tá virando taxa de sobrevivência. A curva do gráfico tá mudando”, comemora o doutor em engenharia de produção Ovídio Felippe Pereira da Silva Júnior, professor da Univali, ao comentar a pesquisa divulgada esta semana pelo Sebrae.

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A fuçada foi feita com base nos cadastros da Receita Federal e bisbilhotou em mais de 500 mil empresas pelo Brasil afora. Pra Luiz Barretto, presidente nacional do Sebrae, três são os motivos que ...

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A fuçada foi feita com base nos cadastros da Receita Federal e bisbilhotou em mais de 500 mil empresas pelo Brasil afora. Pra Luiz Barretto, presidente nacional do Sebrae, três são os motivos que tão fazendo com que as micro e pequenas empresas tenham um bom momento: “aumento da escolaridade, nova classe média e melhora do ambiente legal no país”, enumera.

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O professor Ovídio reforça a tese. “O bom momento econômico que o nosso país vive possibilita uma certa gordura para crescer e até mesmo gordura para suportar pequenos erros”, avalia.

O sabichão da Univali também não tem dúvidas de que aumentou a qualidade de gestão dos micro e pequenos empresários e isso ajudou no resultado positivo da taxa de sobrevivência das firmas miúdas. “Os pequenos melhoraram sua parte de marketing e vendas e, principalmente, sua gestão financeira”, diz. No quesito finanças, afirma o professor, o salto foi grande. “Um dos problemas era misturar os recursos da empresa com as finanças pessoais e aí virava um balaio de gato, pois falia a empresa e a pessoa junto”, observa.

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Ainda para Ovídio, organismos com o próprio Sebrae, as universidades e as entidades de classe, como as associações empresariais e câmaras de dirigentes lojistas (CDLs) também têm feito um papel importante na capacitação dos pequenos e micro empresários. Essa formação se reflete na boa gestão do negócio e, por consequência, na sua sobrevivência.

E, falando em sobrevivência, um dos segredos é a criativade. O professor Ovídio acredita que as políticas públicas podem ajudar nisso. “Precisamos evoluir para incentivar investimentos em inovação, como por exemplo transferir parte da carga tributária como incentivo a quem inova”, sugere.

Pequeno empresário conta como conseguiu sobreviver por quase 20 anos

Há exatos 20 anos, seu Pedro Paulo da Silva, hoje setentão, se aposentou. Tentou viver dois anos com a aposentadoria e um dinheiro investido no mercado financeiro. Como a renda não lhe garantia uma vida que considerava digna, não pensou duas vezes: arregaçou as mangas e voltou à ativa. Mas, a partir dali, não mais como empregado e sim como dono do próprio negócio. Hoje, a pequena empresa de seu Pedro, uma loja de produtos agropecuários no loteamento Abdón Fóes, bairro Cordeiros, em Itajaí, já tem 18 anos de estrada.

Manter a pequena empresa não foi fácil. “Os dois primeiros anos foram muito difíceis”, revela. Foi só depois desse período que conseguiu chegar no ponto de equilíbrio, que é quando os custos empatam com os resultados financeiros positivos da empresa. O esforço valeu. Atualmente, a loja dá lucro. “A gente não tem aquele dinheiro todo sobrando, mas tá sempre em dia com as contas e não deve nada pra ninguém”, faz questão de dizer dona Jesuína, 67, mulher e sócia de seu Pedro.

O pequeno empresário não mantém segredo para a fórmula que fez com que seu negócio esteja perto de duas décadas de funcionamento. Talvez seu sucesso já tenha começado antes mesmo de abrir o negócio. “Fiz uma pesquisa de mercado na região”, revela. Durante a pesquisa resolveu conhecer a agropecuária de um primo em Blumenau, que tava bem das pernas. “Conversei bastante com ele, analisei as margens em que ele operava, peguei dicas de fornecedores e resolvi investir nesse ramo”, conta.

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Ainda na pesquisa de mercado, avaliou vários bairros de Itajaí e Navegantes. Acabou escolhendo o Abdón Fóes. “Há 20 anos não tinha essa população toda que tem hoje aqui, mas tava em crescimento”, diz. Ou seja, seu Pedro olhou pro futuro e viu que ali teria um mercado promissor.

Não pense que hoje o casal vive na mordomia. A loja abre de segunda a sábado o dia inteiro e aos domingos pela manhã. Nos dias de semana, quando chega em casa lá pelas 19h30, seu Pedro continua trabalhando e contabiliza tudo o que entrou e saiu. Ou seja, mantém um rígido controle da gestão financeira da empresa.

Inovação também faz parte das táticas pra melhorar o negócio. Por três vezes, o casal mudou radicalmente a disposição interna da loja. Numa delas, dona Jesuína procurou ajuda de uma agência de fomento pra micro e pequenos empresários da Univali. Foram os sabichões da universidade que redesenharam o interior da agropecuária para aumentar o fluxo de clientes, melhorar a apresentação das mercadorias e facilitar o acesso ao atendimento. “Sempre deu certo e refletiu numa melhora das vendas”, afiança o pequeno empresário.

 

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