A enfermeira Vanessa Eliane Digner, 42 anos, num guenta mais o tormento que a vida dela virou por causa dum enxame de abelhas grudado no forro da baiuca onde vive, na rua Rio do Sul, bairro São Judas, em Itajaí. Tenho que viver com a casa fechada e mesmo assim as abelhas me atacam quando estou dormindo. Já levei muitas picadas. Um dia, quando acordei, contei mais de 20 abelhas mortas no chão que meus gatos mataram. Não posso mais conviver com isso, detona. Vanessa conta que morre de medo de ser atacada durante a noite e não ser socorrida em tempo. Quando a gente pede ajuda pra Famai e pros bombeiros eles dizem que matar abelhas é crime ambiental. Mas e se eu morrer, não vai ser nenhum crime?, revolta-se.
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O DIARINHO apurou que tanto Famai quanto vemelhinhos não têm equipamentos pra retirada dos enxames que crescem pelaí. Segundo o superintendente do órgão ambiental, Paulo Cesar dos Santos, o entendimento ...
O DIARINHO apurou que tanto Famai quanto vemelhinhos não têm equipamentos pra retirada dos enxames que crescem pelaí. Segundo o superintendente do órgão ambiental, Paulo Cesar dos Santos, o entendimento da prefa é que o trampo compete aos bombeiros de Itajaí. Existe a dúvida da responsabilidade para esse trabalho, mas os bombeiros sempre fizeram, só que acabam fugindo da parada, afirmou o abobrão.
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O comandante da 7ª região dos Bombeiros Militares de Itajaí, coronel Onir Mocelin, explica que se os vermelhinhos fizerem a retirada, vão acabar incorrendo em crime ambiental, já que precisarão exterminar o enxame. Não temos equipamentos para a retirada. Por isso indicamos apicultores da região, que fazem o trabalho, explicou o bagrão.
Um dos indicados é o técnico em refrigeração Rodolfo Eskelsen, que tem uma pá de colmeias e recolhe enxames há alguns anos. Ele conta que cobra 80 mangos pelo serviço, já que toda semana tem trampo na city peixeira. A maioria dos enxames está em área urbana. Até parece que tem mais flores no centro do que no campo, espanta-se.
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Segundo o sabichão, o sumiço de alguns pássaros comedores de abelhas tem aumentado o número de ferrolhudas em Itajaí. Eu recolho os enxames e os levo pra uma fazenda em Piçarras. Quando junto umas 10 caixas levo tudo pra Serra do Cambará e pra fazenda entre São Paulo e Paraná, onde cultivo as colmeias, diz. Quem quiser contratar o cara pode ligar nos telefones (47) 3344-6852 ou 9987-9261.