Mas conseguir se efetivar num emprego que era pra ser somente temporário não é algo fácil, ressalta a consultora. É preciso trabalhar motivado, fazer corretamente, levar a sério a sua função, afirma, completando: Quem age dessa maneira tem muita possibilidade de ser efetivado.
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A lógica, diz Patrícia, chega a ser simplista. É que o trabalhador temporário tem a seu favor a tendência de que quem já tá na empresa há muito tempo estar caindo na mesmice por conta da acomodação. E é aí que entra a oportunidade. Quem mostrar mais dedicação, mais criatividade, aumenta suas chances de continuar no emprego, observa. É por isso, observa a consultora, que a dica também vale pros velhos funcionários, que precisam se sacudir pra não acabar perdendo espaço pra quem tá chegando agora.
Como a maioria das vagas em dezembro é pro comércio, a dica da especialista é que o trabalhador aprimore sua capacidade de atender bem a clientela e, principalmente, melhore sua habilidade para vendas. Lembre-se, Natal é produção em vendas e atendimento ao público, faz questão de dizer.
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Comércio efetiva entre 30 e 50% dos temporários
É no comércio que os trabalhadores vão encontrar as maiores possibilidades pra se efetivar. Na região, entre Balneário Camboriú e Balneário Piçarras, estima-se que entre 4,7 mil e 5,5 mil trampos temporários sejam abertos pra dar conta da demanda do Natal e da temporada de veraneio.
Nilton Olm, presidente do sindicato dos Comerciários do Balneário Camboriú, afirma que boa parte dos temporários acaba ficando na empresa quando termina o verão. Uns 30% desse quadro do comércio se efetivam, calcula.
Pra Paulinho Ladwig, chefão do sindicato dos Empregados no Comércio de Itajaí e Região, o percentual é ainda maior. Boa parte fica no emprego. Pelo menos a metade dos temporários fica, afiança.
Mas, explica o sindicalista, esses 50% de efetivação não significam a abertura de novos postos de trabalho. Não que gere necessariamente uma nova vaga de trabalho. É que uns acabam ficando porque outros acabam saindo, acredita, reforçando a teoria da consultora Patrícia Raquel de que muita gente perde o emprego pros novatos porque tá desmotivado e marca touca no trampo.
O resultado de uma pesquisa do departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada esta semana, parece confirmar esse entre-e-sai de trabalhadores nas empresas. No ano passado, o índice de substituição de funcionários em firmas brasileiras chegou a 53,8%. Foram ao todo 22,7 milhões de demissões que não representaram o fechamento de postos de trabalho e sim substituição da peãozada.
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Associação espera desaquecimento nas efetivações
Apesar das oportunidades que se apresentam com os trampos temporários, nesta temporada de verão haverá um desaquecimento nas efetivações. A associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) reduziu a previsão de efetivação de trabalhadores temporários neste fim de ano de 29% para 20%.
Ao todo, o cálculo da direção da Asserttem é que 147 mil contratos sazonais se transformem em empregos fixos neste começo de temporada. O que ainda é considerado um número elevado. Apesar da redução, quase 30 mil pessoas podem ter seus contratos transformados em efetivos, o que é bastante positivo, comenta Jismália Alves, diretora de comunicação da entidade.
Ainda de acordo com o pessoal da Asserttem, a maioria dos trampos que serão efetivados será no comércio. Calculam algo perto de 70% deles.
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