A comissão de Ética da câmara de vereadores de Itajaí arquivou a primeira denúncia contra Tonho da Grade (PP). De acordo com o presidente da comissão, José Alvercino Ferreira (PP), a decisão foi unânime. Além de Zé, Dulce do Amaral (PSD) e Giovani Félix (PT) também foram favoráveis ao arquivamento.
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A denúncia, que o DIARINHO trouxe em primeira mão, dá conta de que a empresa do vereador, a Semofer Indústria e Comércio de Ferragens, fez as estruturas metálicas da obra pública do centro Integrado ...
A denúncia, que o DIARINHO trouxe em primeira mão, dá conta de que a empresa do vereador, a Semofer Indústria e Comércio de Ferragens, fez as estruturas metálicas da obra pública do centro Integrado de Saúde (CIS) do São Vicente. Na opinião de Zé, o colega não fez nada de errado. Não teve nenhum privilégio, já que na época que fez o serviço, Tonho não era vereador, alega.
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Mesmo tendo acabado em pizza na casa do povo, o caso ainda pode render pro vereador serralheiro, porque o ministério Público também tá fuçando as supostas irregularidades.
O petista Giovani Félix alega que votou pelo arquivamento tendo em vista que os documentos apresentados pra comissão levam a crer que Tonho foi contratado pro serviço antes de se tornar vereador, em 2012.
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É justamente o fato de a empresa do vereador ter sido contratada em 2012, antes mesmo da segunda etapa do CIS ter sido licitada, que tá cheirando ser irregular. A ordem de serviço pra fazer o trampo só saiu em setembro de 2013, mas Tonho já tinha sido contratado pela empresa vencedora da licitação em 2012.
Questionado sobre o rolo, o vereador Tonho da Grade diz que ainda não foi notificado oficialmente do arquivamento da denúncia, portanto não poderia se manifestar. A relatora da comissão, vereadora Dulce, foi procurada, mas não atendeu aos telefonemas da reportagem.
Mais pizza por aí
Quinta-feira, dia 17, a comissão de Ética recebeu a segunda denúncia contra Tonho. Desta vez, o rolo envolve uma verba de R$ 45 mil da fundação de Esporte pro clube de futebol Natalense. De acordo com a prestação de contas da prefa, o repasse, aprovado pelos vereadores em agosto do ano passado, serviu pra comprar peças metálicas na firma do vereador.
Na próxima semana, a comissão de Ética vota a respeito de mais esta bronca. Pra Zé, trata-se apenas de mais uma denúncia que não vai dar em nada. Mas antes de julgar, precisamos ouvir a defesa do vereador Tonho, desconversa.
Na opinião do correligionário, Tonho pode siferrar apenas na terceira denúncia, que até ontem não havia sido formalizada à comissão de ética. Como se não bastasse ter lavado a égua na obra do CIS e abocanhando o valor da reforma da sede do Natalense, Tonho teria prestado serviço pra própria prefa. Segundo os advogados, o problema maior está aí, porque fere diretamente a legislação, alfineta Zé.
O serviço foi a produção e colocação de 10 barras de ferro pra corrimões da casa da Cultura e do conservatório de Música. Conforme consta na nota de emprenho, a empresa de Tonho da Grade recebeu R$ 1670 pelo serviço. Na época, ele já era vereador e, conforme a lei, qualquer pessoa em cargo público não pode prestar serviços pra administração municipal. A denúncia também já está nas mãos do ministério Público.
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