Itajaí
Correios acaba com o Sedex pra compras
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Os Correios deixaram de oferecer desde ontem um de seus principais serviços: o e-Sedex. A decisão, segundo a empresa, foi tomada por conta de uma grande crise financeira e já havia sido tomada em novembro do ano passado, mas por conta de uma ação judicial teve de ser adiada. No dia 14 de junho, a empresa noticiou seus funcionários através de um documento interno que decretava o fim do e-Sedex a partir de 19 de junho. A finalização do produto preocupa principalmente os pequenos e médios empreendedores virtuais que têm o serviço como a principal e mais econômica forma de envio das mercadorias. O e-Sedex é um serviço expresso para o envio de produtos que são adquiridos por meio do comércio eletrônico, mas com tratamento prioritário e entrega em casa. O preço do serviço é quase igual ao de uma encomenda convencional, mas os prazos de entrega são os mesmos do Sedex. A única diferença é que o e-Sedex não atende alguns municípios e seu limite de peso é de 15 quilos. O empresário William Domingues, morador de Itajaí e dono de uma loja virtual, não tem dúvidas de que o prejuízo será grande para os pequenos empreendedores. “O cliente que antes comprava com a gente, agora vai ter que pagar mais caro com o fim do serviço, e por isso vai preferir comprar em grandes lojas, onde o frete sai mais barato por ter transportadora”, avalia. Quem tem loja ou posto de atendimento franqueados dos Correios também reclama. Segundo a Associação Brasileira de Franquias Postais, o e-Sedex responde por 30% do faturamento das lojas dos Correios e por isso há muitos franqueados preocupados com uma grande queda no faturamento. Agora, os vendedores e compradores de lojas online ficarão dependentes dos serviços PAC ou Sedex. Para a região sul o prejuízo deve ser ainda maior pelas distâncias mais longas do sudeste, de onde sai a maioria das mercadorias vendidas pelas lojas virtuais. Prejuízo? O fim do e-Sedex é para sanar o problema financeiro da empresa, já que o serviço estaria dando prejuízos. Segundo a projeção do presidente da estatal, Guilherme Campos, apresentada em uma reunião na última terça-feira, no Palácio do Planalto, os Correios devem fechar o ano com um prejuízo de R$ 1,3 bilhão. O DIARINHO entrou em contato com a assessoria dos Correios, mas até o fechamento desta matéria a empresa não forneceu as respostas.
Redação DIARINHO
Reportagens produzidas de forma colaborativa pela equipe de jornalistas do DIARINHO, com apuração interna e acompanhamento editorial da redação do jornal.