Itajaí

Atores Danielle Winits e André Gonçalves

Entrevistão com os atores
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“Eu gosto desse contato direto com o público que só o teatro pode oferecer” Danielle Winits “Acho que há uma utopia em querer ganhar o Oscar” André Gonçalves “O que se produz na internet tem muita bobagem e conteúdo zero” André Gonçalves “O teatro é mais recompensador” Danielle Winits Os atores Danielle Winits e André Gonçalves passaram por Itajaí na semana passada, quando apresentaram a peça “Depois do Amor: um Encontro com Marilyn Monroe” no Teatro Municipal de Itajaí. A peça teve duas sessões lotadas. Antes do espetáculo, os atores fizeram uma visita ao DIARINHO e conversaram com a jornalista Franciele Marcon. Eles falaram sobre a realização de fazer teatro no Brasil, a banalização da profissão com o advento da internet, a intensa produção de cinema no país e os novos projetos para as respectivas carreiras. Dani e André se apaixonaram no programa da Ana Maria Braga, na rede Globo, e se casaram no começo deste ano. As fotos são de Mariana Vieira. NOME: Danielle Winits NATURAL: Rio de Janeiro (RJ) IDADE: 43 anos ESTADO CIVIL: casada FILHOS: dois FORMAÇÃO: Fez cursos de balé, artes e interpretação, tornando-se uma atriz de teatro, cinema e televisão TRAJETÓRIA PROFISSIONAL: Iniciou sua carreira televisão em 1993, na minissérie Sex Appeal. No teatro sua estreia se deu no ano seguinte, com a peça musical Band-Aid, e no cinema sua primeira atuação foi em 1999, com o longa-metragem Até que a Vida nos Separe. Na Globo, se destacou em diversas produções, em 1998, como Alicinha em Corpo Dourado; em 2000, com a personagem Tati em Uga Uga, sendo co-protagonista, e em 2003, trama de Carlos Lombardi, quando interpretou a protagonista sensual Marisol, em Kubanacan. Teve grande destaque na teledramaturgia ao interpretar a vilã perversa Sandra, em Páginas da Vida em 2006; onde em 2013, como Amarilys, em Amor à Vida, voltaria a interpretar uma vilã. NOME: André Gonçalves NATURAL: Natal (RN) IDADE: 41 ESTADO CIVIL: casado FILHOS: três FORMAÇÃO: começou a carreira quando foi descoberto numa comunidade carente pelo diretor Roberto Bomtempo, na década de 1980 TRAJETÓRIA PROFISSIONAL: Estreou na televisão em 1989 vivendo Breno, na novela Capitães de Areia; na década de 90 fez Vamp, Fera Ferida, A Próxima Vítima. Nos anos 2000, participou da minissérie A Muralha, do reality show Casa dos Artistas, Senhora do Destino, As Cariocas, Salve Jorge e sua últimas participações na televisão foram em Salve Jorge, Malhação e Super Chef Celebridades. No cinema participou de O Auto da Compadecida, Carandiru, O Homem do Ano, Cazuza, e os Maias. DIARINHO - Vocês já fizeram muito teatro e TV. Onde se sentem mais realizados? Danielle: Pra mim são duas coisas completamente diferentes. Eu comecei no teatro, André também. A nossa raiz veio do teatro. A gente permaneceu fazendo teatro independentemente de termos migrado para a televisão. O prazer é bem diferente. Eu gosto desse contato direto com o público que só o teatro pode oferecer. Nem o cinema tem essa capacidade. Essa resposta imediata. Pode parecer um pouco mais massante a rotina teatral, e realmente é uma maratona. A gente aqui em turnê, cada final de semana em um lugar. Tem um desgaste maior que o trabalho na televisão, que você está em casa, sai para trabalhar e volta. Acho que as recompensas são maiores no teatro. A liberdade que o público tem de chegar até nós e dar essa resposta para a nossa doação, porque o teatro é um trabalho de doação, e a gente recebe muito com esse encontro com as pessoas. Isso faz com que o cansaço de viajar, essa coisa mais rotineira de sempre fazer o mesmo espetáculo durante muito tempo, isso fique sublimado, mediante essa resposta mais imediata que na televisão a gente não tem. A gente faz, vai lá, trabalha, volta. No cinema, também, a gente faz um filme e não tem tanto essa resposta. O teatro é mais recompensador. DIARINHO - Fazer teatro fora do eixo Rio/ São Paulo é sempre um desafio. Como sentem o público no interior do Brasil? André:É como guerreiro dos séculos 16. A gente continua fazendo por pragmatismo, por uma vontade quase louca de fazer teatro. Principalmente agora, tanto no Rio como em São Paulo. Não se produz mais teatro como antigamente, há 10 anos atrás. Só com muito dinheiro, e é quase uma guerrilha, um trabalho de campo, viajar pelo Brasil fazendo teatro, insistir, viajando, fazendo turnê. E também no eixo Rio-São Paulo, ou coisa parecida, nas cidades onde as pessoas estão mais acostumadas a irem ao teatro, por exemplo. Danielle: Em virtude de hoje em dia ser muito mais difícil de conseguir patrocínio. A gente está em um momento mais complicado – isso também inviabiliza, muitas vezes. A gente tem amigos que trabalham e tentam trabalhar e hoje em dia é muito mais difícil. André: Fazer teatro sempre foi muito mais difícil, montar uma peça. Danielle: O momento também propicia essa falta de condições. Então realmente é uma batalha diária. DIARINHO – No interior vocês acham que tem um público mais restrito, ou por vocês terem sido autores globais, sempre tem plateia? André: A gente vem tendo público. Uma média ótima, aliás, nos lugares que a gente passou. A Dani já está viajando há um ano mais ou menos, eu entrei recentemente. Devo estar na minha quinta praça, mais ou menos assim. Um público sedento por autores, por atores. Danielle: Por bons espetáculos... Eu sou meio cética no sentido de as pessoas falarem “ah, atores globais”. Tem tempo que a gente não faz novela, enfim, a gente está muito mais voltado para o teatro. Estou estreando um filme agora. No meu caso, teatro e cinema tenho feito muito mais que televisão. Eu acho que as pessoas estão realmente com vontade de ir ao teatro, ver novos textos, conhecer novos autores, que é o caso do Fernando Duarte que escreveu esse texto… Claro que tem um público que conhece a gente desde adolescente. André: A Dani já passou por aqui, por cidades aqui perto, então esse público vai agregando não só na nossa carreira, como ao próprio teatro. Danielle: Acho que as pessoas estão acostumadas a ver a gente, já que fazemos teatro desde adolescentes. André já percorreu o Brasil, lugares que eu nunca nem tinha ouvido falar, fez teatro a vida inteira e a gente acaba tendo um público também diferenciado. Não só de televisão, que sabe que a gente faz teatro e que vem para os lugares e faz o nosso trabalho independentemente da televisão. DIARINHO - O Brasil tem uma produção intensa de cinema. O que falta para ganhar um Oscar? André: Não sei se isso é o mais importante. Acho que há uma utopia em querer ganhar o Oscar. Tem que ganhar Gramado primeiro, tem que ganhar Brasília, tem que ganhar Tiradentes – e são prêmios importantes também. Até Nova Iorque, Cuba, que é um grande centro de cinema do mundo. Eu particularmente já devo até ter pensado nisso, mas obviamente nas bobagens que eu já fiz lá trás. Eu acho que é uma coisa mercadológica, uma possibilidade de ter uma verba maior, aumentar o seu público, mas acho que o Brasil vem atingindo isso com o cinema que vem fazendo, com as comédias que vem propondo. Ganhar o Oscar, que também é uma coisa bem mais complicada, é bem mais difícil e envolve Hollywood e sua academia. Acho que não é importante. Importante é a gente conseguir fazer bons filmes, aclamados pela crítica como Aquarius, por exemplo, e tantos outros filmes brasileiros que já ganharam “o nosso Oscar”. Tem filmes que já tocaram o Brasil de uma maneira e levaram o cinema nacional para outros cantos do mundo também. Mas tem gente que gosta do Oscar… Danielle: A questão de ganhar, como o André falou, é muito mais burocrática e mercadológica do que a gente imagina. É um universo muito maior do que ser o melhor filme ou não. Eu particularmente assisto, sou uma cinéfila de carteirinha, e acredito que é fato que nem sempre os melhores filmes ganham. Isso é muito relativo, existe todo um mercado em volta, toda uma injeção de capital para que o filme seja assistido e seja colocado no mercado para tal fato. Vai além da qualidade, muito além. O Brasil, o mais importante é que a gente consiga trabalhar, estar no mercado fazendo filmes. Essa é a nossa preocupação principal. André: E tem as maldições dos prêmios. Ganhou prêmio não faz mais filmes. Dizem que tem. Tem quem ganhou o Oscar e diz “pô, nunca mais fiz nada na minha vida”. Também já ganhou o Oscar. [Só para a Meryl Streep que não… risos]. DIARINHO - Com o avanço da internet, os programas televisivos com hora marcada têm perdido espaço. As pessoas têm assistido on demand. Para o ator esse crescimento da internet abre novos espaços ou simplesmente lhes tira audiência? Danielle: Sem dúvida: uma abertura de espaço tremenda. Aberturas dos canais de TV fechadas, com a criação de séries. O esquema do streaming. Eu acho que isso só aumenta, agrega e proporciona a nós, atores, também um mercado de trabalho amplificado e não vejo problema. Eu vejo problema: nessa migração, de repente, as pessoas começam a fazer vídeos no Youtube. Eu li esta semana na Veja, que tem uma pessoa que vai fazer novela, porque teve um milhão de visualizações ou mais de um milhão em vídeos e tutorial de maquiagens, fitness, esses blogs. Eu fiquei tão chocada com isso, e ao mesmo tempo não fiquei chocada, porque é realmente um mercado que mudou e essa demanda, mas isso toma o espaço, toma o lugar de atores, isso rasga a nossa história de uma forma estranha. Isso banaliza a nossa profissão. Já é tão difícil tentando deixar a nossa profissão com a cara que ela tem e isso realmente banaliza. [Tem que se profissionalizar?]É... Eu vou querer construir um prédio. Não vou poder construir um prédio, esse prédio vai cair, porque eu não sei usar a régua pra isso, não sei a matemática disso. Existe um desrespeito muito grande em relação a nossa profissão. A gente batalha todos os dias, e batalhou desde adolescente, por isso e a gente vê que realmente a internet tem esse peso hoje em dia, e é o único dado que realmente me incomoda. De resto, eu acho que é super válido, eu assisto, a gente assiste bastante série, é um mercado fantástico. André: Eu acho que lugar de ator é no teatro. São mercados bem diferentes. O que se produz na internet tem muita bobagem e conteúdo zero. Eu acho que a pergunta tem a ver com isso, se isso interfere, se esse é o lugar do ator. O lugar do ator é no teatro. [O que se faz na internet é outra coisa?] Outra coisa, completamente diferente. Danielle: O que me incomoda é justamente as pessoas migrarem e as pessoas de televisão quererem que essas pessoas da internet virem atores, como se a nossa profissão não precisasse de muita coisa... DIARINHO - Vocês se apaixonaram no programa da Ana Maria Braga. Como aconteceu? Ele te pegou pelo estômago, Daniele? Danielle: Nem foi pelo estômago. A gente já se conhecia há muitos anos, mas só de “oi” e “tchau” e no programa a gente realmente teve esse encontro. Mas não foi pelo estômago, não. Foi pela... André: Foi pelo horário [risos]. Danielle: Pelo horário, estava meio dormindo. Todo dia de manhã... [risos]. Foi pela pessoa que ele é mesmo. Ele é muita coisa. André: Idem! DIARINHO – O André entrou depois na peça. Como surgiu a oportunidade? André: O texto surgiu primeiro. Elas estavam fazendo em São Paulo a temporada, fui assistir algumas vezes, soube que ia sair uma atriz. Danielle: A Maria Eduarda que fazia o espetáculo desde o início.... André: Ela fazia o meu personagem. Eu pedi para fazer o teste, passei e estou fazendo o espetáculo. [Você faz o papel de uma mulher. É um desafio?] Sempre é. O dia a dia do teatro é um desafio, porque nunca se sabe o que pode acontecer. Mesmo com toda a segurança que se tem para dar esse voo diariamente. É sempre um desafio. Danielle: André já tinha feito mulher no teatro... André: E é sempre um mini AVC. DIARINHO - Vocês dois têm um passado movimentado na vida amorosa. Rola ciúme ou vocês superaram essa fase? Danielle: Alguém não tem um passado movimentado na vida amorosa?! Alguém não tem? Eu acho que, como somos pessoas públicas, as pessoas sabem, souberam com quem nós nos relacionamos, que tivemos outros relacionamentos, essa é a única diferença. Acho que essa pergunta é bem preconceituosa. [Essa é a parte ruim da fama? Você estar sempre na vitrine?] Eu acho uma pergunta preconceituosa... André: Uma pergunta que não quer calar. Danielle: A palavra movimentada, eu acho que é .... [Podes trocar por outra palavra, mas essa é a parte que incomoda, ter a vida pessoal mais exposta?] Não me incomoda nem um pouco ter tido um relacionamento, assim como todos aqui com certeza tivemos, a não ser que nós fôssemos seres de outro planeta. Mas eu acho que o que incomoda é a maneira, é a maneira que isso é colocado. Isso incomoda. DIARINHO - Recentemente, vocês tiveram um desentendimento com o jornalista Léo Dias. Estão processando ele ou já se entenderam? André: Próxima pergunta. Próxima pergunta... DIARINHO - Há algum plano de voltar à TV? André: Meu não. Danielle: Eu vou fazer um filme agora em maio. Vou começar a filmar em maio. Estou começando a me preparar. A gente vai parar o nosso espetáculo em maio. Em maio a gente não vai viajar, mas retornamos no mês de junho. No momento: teatro e cinema. DIARINHO – Qual o melhor personagem: o que está por vir ou vocês têm um queridinho? Danielle: Eu procuro não criar essa expectativa. Sempre procurei deixar que a vida acontecesse de uma forma mais natural e espontânea. Se eu acreditar no personagem, se eu achar que aquilo vale a pena. Ter essa oportunidade e esse luxo de poder escolher. Existem grandes personagens a serem feitos, existem também outras coisas a serem feitas que não só personagens. A gente chegou a um ponto na carreira, eu pelo menos, e a gente conversa bastante sobre isso, que pode escolher nossos caminhos e tende a escolher melhores caminhos. Hoje em dia, como eu falei, a profissão banalizou muito, e é uma pena, e a gente está a tendendo a fazer o essencial – que é o que estamos fazendo agora, teatro. A gente realmente tem um reconhecimento através dele. Isso vale muito a pena. Vale toda a nossa história. A gente tem uma história muito grande e vasta de conquistas e de batalhas, de estudo, de investimento na profissão. Isso é o mais importante. André: Nenhum. Eles [personagens] me consomem, me enchem o saco... Não é sempre o próximo, eu gosto é do teatro, seja em que função for, mas do teatro. Essa é a escola que fiz aos 12 anos de idade. Apesar de ter feito televisão, a vida inteira também. Não tenho essa predileção por nenhum desses personagens, eles deram muito trabalho. [Fica com resquícios do personagem ?] Fica, fica. A gente acaba fazendo muito. Você imagina que vai viver 60 anos e quantos personagens você vai fazer, quantas personalidades você vai exercer, quantos sentimentos você vai sentir. É muito chato! Por isso, o teatro é bom. Ele te dá essa possibilidade de descobrir no dia a dia, no risco, enquanto as outras formas de mostrar o nosso trabalho engessam a alma. Eu odeio todos os meus outros personagens. [kaltura-widget uiconfid="23448188" entryid="0_0hczjvn3" responsive="true" hoveringControls="true" width="100%" height="56.25%" /]

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