O mergulhador Sandro Luiz Antônio Candido, 46 anos, está desconfiado com uma cerca de arame farpado e cacos de vidro colocados no meio de uma trilha que leva até o farol de Cabeçudas, em Itajaí. A área é de responsabilidade da Marinha do Brasil.
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A trilha do Canto do Morcego, que dá acesso ao farol de Cabeçudas e a praia da Solidão, foi fechada pela Marinha em 2014. Para não ficar longe daquele pedacinho do paraíso, o povão abriu um caminho ...
A trilha do Canto do Morcego, que dá acesso ao farol de Cabeçudas e a praia da Solidão, foi fechada pela Marinha em 2014. Para não ficar longe daquele pedacinho do paraíso, o povão abriu um caminho alternativo, e clandestino, no lado direito, que é usado por surfistas, pescadores e quem mais quiser chegar ao farol.
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Na semana passada, uma cerca de arame farpado foi colocada bem no meio da trilha, com cacos de vidro espalhados pelo chão. A Marinha não pode ter feito isso. É um crime ambiental, diz.
O mergulhador acredita que alguém da redondeza, que não quer que o povão passe pela área, foi quem colocou os obstáculos para impedir a passagem.
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Marinha colocou
A delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí, através da assessoria de imprensa, informou que o local tem cercas delimitando a área e é proibida a entrada de pessoas não autorizadas.
A cerca de arame farpado foi colocada para evitar que as pessoas derrubem a barreira e entrem no local. As cercas colocadas ali já foram detonadas várias vezes.
A Capitania desconhece os cacos de vidros no local, mas acredita que sejam garrafas quebradas pelo pessoal que usa o local para beber.
Para a Marinha, a área foi fechada por causa das ocorrências de vandalismo. O acesso ao farol estaria sendo usado por usuários de drogas, bêbados e vândalos.
Além da luz do farol já ter sido quebrada, agora, um sargento da Marinha que mora na entrada da trilha, está sendo ameaçado. O oficial já registrou boletins de ocorrência contra os suspeitos.
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Visitação tá embaçada
A prefa de Itajaí tentar abrir o local para visitação desde 2014. Em vários locais do Brasil, as estruturas da Marinha funcionam como pontos turísticos. Ali é um local de beleza ímpar e nós queremos que seja visitado, diz o secretário de Turismo, Agnaldo dos Santos.
Na próxima quinta-feira Agnaldo, um representante da Famai e outro da secretaria de Obras, acompanhados do prefeito Jandir Bellini e do comandante da Marinha irão até o farol conversar sobre a abertura da trilha. Precisamos do aval da Marinha porque aquela área é de responsabilidade deles. A nossa ideia é fazer visitas guiadas, em um trabalho, que valorize a natureza, explica.