De acordo com a estimativa do pessoal da empresa Municipal de Água e Saneamento, foram recolhidos cerca de 100 quilos de animais marinhos durante a madrugada. Eles acabaram encaminhados a um aterro sanitário. A maioria era de bagre.
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Para Marcelo Achutti, diretor geral da Emasa, a morte dos peixes pode estar relacionada às últimas chuvaradas que caíram na região e ao transbordamento de algumas lagoas de Camboriú. Achutti garante que todo o sistema de captação e tratamento de esgoto da cidade tá funcionando certinho e sem vazamento. Fazemos análises periódicas e não há nenhum dado que comprometa a qualidade da água que devolvemos pro rio, diz o diretor.
O chefão da Emasa, acredita que a mortandade nada tem a ver com a espuma branca.
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Poluição
A espuma branca divulgada pelo DIARINHO, na edição de terça-feira, segundo ele, é provocada principalmente pelo turbilhonamento da água em pequenas quedas nas pedras que existem naquele trecho do rio e também pela quantidade de detergentes jogados nas ligações de esgoto doméstico da vizinha Camboriú.
Nena Amorim, secretária Municipal de Meio Ambiente da prefeitura de Balneário, não quer saber de suposições. Ela disse que os técnicos da pasta concentram os esforços para identificar se os peixes mortos fazem parte de algum descarte de barco pesqueiro, se são oriundos de algum arrastão ou se sofreram alguma contaminação química.
Na última terça-feira, contou Nena, recebeu informação de que no rio Camboriú havia presença de peixes mortos e percorreu o local de lancha. Era pouca quantidade, mas também eram bagres, disse Nena. AA n
Pra engenheiro, pode ter faltado oxigêncio na água
A secretária do Meio Ambiente de Balneário ainda não quer ligar a ocorrência dos peixes mortos à quantidade de espuma formada no rio Camboriú. Sem a análise eu não posso associar uma coisa a outra, argumentou.
Nena informou que está tentando uma parceria com a Univali para fazer a análise da amostra de peixe coletada, mas caso não seja possível, deve enviar o material para laboratórios de Florianópolis. Por isso, não pode nem estimar quando terá um resultado oficial.
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O engenheiro ambiental Rodrigo Torres, da secretaria do Meio Ambiente, acredita que não houve nenhum envenenamento químico. Se fosse contaminação, todas as espécies seriam afetadas e não somente o bagre, explica.
Para ele, a causa da morte pode ter sido pela elevação da temperatura dos últimos dias. A alta temperatura pode levar a processos químicos e causar a falta de oxigenação da água. Como o bagre é um peixe que fica no fundo do rio, foi a espécie mais afetada, arrisca dizer o engenheiro.
Arno Gesser Filho, gerente de Desenvolvimento Ambiental da Fatma, disse que está acompanhando o assunto de perto. Ele espera o parecer da secretaria Municipal de Meio Ambiente de Balneário Camboriú.