O conclave que vai escolher o novo papa vai começar nesta quarta-feira, com previsão de durar de dois a três dias. Todos os 133 cardeais votantes, entre eles sete brasileiros, já estão no Vaticano e fazem nesta terça-feira a última reunião antes da votação. O conclave será a portas fechadas, na capela Sistina. É eleito papa o cardeal que receber ao menos dois terços dos votos, ou seja, 89 votos.
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O início do conclave se dará oficialmente com a celebração da missa Pro Eligendo Pontifice, presidida pelo italiano Giovanni Battista Re, chefe do colégio cardinalício, na basílica de São Pedro. ...
O início do conclave se dará oficialmente com a celebração da missa Pro Eligendo Pontifice, presidida pelo italiano Giovanni Battista Re, chefe do colégio cardinalício, na basílica de São Pedro. A cerimônia será a partir das 10h (5h no horário de Brasília). A votação começa ao meio-dia (horário de Brasília).
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Ao final de cada sessão, são queimadas as cédulas de votação, com a emissão da tradicional fumaça, que indica que um novo papa foi eleito (fumaça branca) ou não (fumaça preta). O cardeal francês Dominique Mamberti, atual prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, é quem anunciará a eleição do novo papa com a famosa frase “habemus papam”.
O Brasil tem oito cardeais no colégio cardinalício. Apenas um deles não é votante, o arcebispo emérito de Aparecida (SP), Raymundo Damasceno Assis, de 87 anos. Ainda assim, ele participará da reunião e poderá ser votado. Dos sete brasileiros aptos a votar – o maior número da história –, três são catarinenses: Jaime Spengler, de Gaspar; João Braz de Aviz, de Mafra; e Leonardo Steiner, de Forquilhinha.
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Entre os cardeais favoritos na eleição estão os italianos Pietro Parolin e Matteo Maria Zuppi; Luis Antônio Gokim Tagle, das Filipinas; Joseph Tobin, dos Estados Unidos; e o brasileiro Leonardo Steine, atual arcebispo de Manaus e considerado o primeiro cardeal da Amazônia, nomeado pelo papa Francisco em 2022. Outro brasileiro bem cotado é o cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador (BA).
Alguns cardeais buscam um papa que dê continuidade à iniciativa de Francisco de criar uma Igreja mais transparente e acolhedora, enquanto outros estão buscando um retorno às raízes mais tradicionais que valorizam a doutrina. Desde a morte do papa Francisco, em 21 de abril, os cardeais têm se reunido quase todos os dias pra discutir o futuro da igreja.
Na reunião de segunda-feira, já com todos os votantes do conclave, foi abordado o tema das “divisões” dentro da igreja e discutido o perfil do futuro papa. Conforme o porta-voz do Vaticano, a preferência é por “uma figura que deve estar presente, próxima, capaz de ser uma ponte e um guia, um pastor próximo da vida real das pessoas".