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Apostas esportivas no Brasil: 60% jogam por entretenimento, 13% para socializar - quais as tendências futuras?

As apostas esportivas estão, sem dúvidas, entre os assuntos que mais tomaram a opinião pública nos últimos meses. Mas, por que isso vem acontecendo e quais são as perspectivas para o futuro? Para muito além de uma promessa vazia de lucros fáceis, do que realmente se trata esse mercado? Bom, uma pesquisa recente revelou que para 60% dos apostadores, essa é uma forma de entretenimento, e para 13%, de socialização.

Enquanto isso, uma porcentagem relevante de 52% acredita que leva as apostas como uma fonte de dinheiro, por mais contraditório que isso pareça. Afinal, qual lugar esse assunto realmente terá entre o público daqui a alguns anos? Estarão todos mais otimistas com as possibilidades que os palpites esportivos trazem, ou ficarão menos interessados nesse universo?

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Como as apostas já estão presentes na vida do brasileiro?

Loterias e jogos de fantasia online são dois grandes exemplos de apostas que sempre estiveram presentes entre os brasileiros. Mas, foi a legalização, em 2018, que trouxe a possibilidade da operação das apostas esportivas em si, de modo que hoje é fácil encontrar uma plataforma depósito mínimo 3 reais sendo divulgada em um banner ou comercial de TV.

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Com essa operação liberada, elas deveriam seguir requisitos organizados em torno de uma licença estrangeira, se situando em uma zona cinzenta e mais livre. Já por parte dos usuários, a mistura entre a paixão por um esporte ou time, o desejo de sentir o sabor da vitória e o entretenimento de jogar faz com que essas atividades sejam mesmo divertidas, mesmo que não ofereçam benefícios monetários.

Não é por acaso que a pesquisa realizada pela Globo e trazida pelo site Samba Digital mostra que 60% das pessoas encaram os palpites como uma forma de entretenimento e 13% de socialização. A grande questão é que, para o público desinteressado na atividade, o mais comum é que as histórias de sucesso ou mesmo fracasso com as apostas são as que chamam a atenção, de imediato. Dessa maneira, elas acabam sendo vendidas como uma forma de ganhar dinheiro, quando, na verdade, são bem raros os casos de ganhos consistentes.

Entretanto, o fato é que o mercado brasileiro vem vivendo um crescimento absurdo, e qualquer um pode afirmar isso ao observar a quantidade de anúncios veiculados. Diante disso, a própria demanda por uma regulação e por portais que levem a sério o assunto, como a plataforma de análise ClubSport, cresceu bastante. Por isso, qual parece ser o caminho natural dessa atividade que reúne cada vez mais fãs, mas também alguns críticos?

O papel fundamental da regulamentação das bets

Antes as plataformas operavam com uma licença estrangeira, diante da ausência de regulamentação. Isso criava uma zona um pouco perigosa, já que não necessariamente as entidades regulatórias estavam preparadas para lidar com a demanda do público brasileiro.

Foi o próprio crescimento do mercado que levantou a necessidade cada vez mais urgente de uma regulamentação para isso que havia apenas sido liberado. E, justamente na transição do ano de 2023 a 2024, o Brasil viu um dos momentos históricos nesse sentido.

Sancionada em dezembro de 2023, a Lei nº 14.790 começou a traçar os critérios paraestabelecer uma regulação interna das apostas esportivas. Desde então, agora as operadoras precisam de obter uma licença brasileira, e, portanto, se submeterão a testes, análises e regras aprovadas pelo governo do Brasil.

A partir dessa sanção, novas portarias continuam sendo publicadas e aos poucos a nova base para organizar as apostas no Brasil está sendo criada. Entre os critérios e exigências envolvidos, estão:

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• As empresas devem iniciar o processo de obtenção da licença até o final de 2023, pois em breve, as que estiverem irregulares serão expulsas.

• Cada operador deverá destinar parte dos lucros a fins sociais, e claro, deverá promover o jogo responsável através de campanhas e ferramentas dentro do jogo.

• A publicidade, que tanto gerou uma repercussão negativa por algumas divulgações e práticas desleais nos últimos anos, agora será regulada por autoridades brasileiras. 

• Medidas para evitar a lavagem de dinheiro agora são tomadas pelo governo brasileiro, que controlará o fluxo financeiro da atividade.

• As empresas devem ter uma sede no Brasil e claro, oferecer um suporte ao cliente qualificado aos usuários. Antes, bastava a sede estrangeira para uma operação livre pelo online.

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• Agora, elas terão um prazo para pagar os prêmios obtidos de, no máximo, 2 horas. 

Como o futuro das apostas esportivas no Brasil será moldado?

Os requisitos exigidos pela regulamentação das apostas e seus efeitos incidirão diretamente sobre um grupo importante de problemas observados no mercado nos últimos anos. A atividade, por um lado, agora tem um terreno fértil e livre para crescer de uma maneira jamais vista.

Por outro lado, a tendência é que ela não apenas cresça descontroladamente, pois agora, práticas mais responsáveis e éticas estão sob controle das próprias entidades governamentais.

Por isso, se hoje 60% dos apostadores veem as apostas como uma forma de entretenimento, esse número pode crescer ainda mais. E, claro, com uma consciência mais clarificada, as falsas promessas de ganhos financeiros fáceis tendem a perder ainda mais sua consistência.




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