FESTANÇA JUNINA
Sábado tem queima da fogueira, procissão e missas na igrejinha de Armação
Festa de São João e São Pedro é tradição com mais de 200 anos
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
A festança junina da Capela São João Batista, em Armação do Itapocoroy, Penha, tem intensa programação neste fim de semana. No sábado, a queima da fogueira é uma das atrações mais esperadas da festa, e ainda tem missas, shows, procissão e muito quentão, pinhão e outras delícias. A festa começou no dia 19 e segue com a programação cultural e religiosa até 30 de junho, quando o almoço festivo será seguido pelo tradicional bingo.
Neste sábado, a festa começa às 19h e a queima da fogueira acontece entre 22h e 22h30, após o show da banda Voltz, marcado para ter início às 21h, assim que terminar a missa. No domingo, a cidade será despertada às 6h com a Alvorada dos Sinos, marcando a natividade de São João. Às 9h acontece a procissão: São João por terra e São Pedro pelo mar. Os santos se encontram na altura da praia da Cancela, no trapiche, e seguem em procissão até a capela, onde a missa acontece às 10h.
O ambiente foi preparado com o verdadeiro tom das festas juninas do interior: bandeirinhas, gastronomia local, barracas de atividades diversas e muita alegria. Segundo o padre Josué Brito de Souza, pároco local, no dia 27 a programação religiosa contará com a presença do bispo diocesano, Dom Rafael Bienaski, e também de outros nove sacerdotes – entre eles o pároco Josué e o padre Joelcio Saibot, da Paróquia Santo Antônio, de Balneário Piçarras.
Personagens históricos da festa
O professor Eduardo de Souza, o Bajara, da Fundação de Cultura Picucho Santos, de Penha, colabora na divulgação e organização do evento. Ele relembra que a festa tem simbolismo oficial por estar no marco zero da cidade, a capela com 260 anos de história. “As festas joaninas são populares em Portugal e nos Açores, e há mais de dois séculos já são celebradas em Armação do Itapocoroy, onde São João é patrono da capela”, lembra Bajara.
São Pedro, segundo ele, é comemorado junto por ser o protetor e patrono dos pescadores. A imagem de São João Batista, esculpida em madeira e trazida do Rio de Janeiro para a festa de inauguração da capela, em 1759, ainda resiste ao tempo e é parte do acervo histórico de Armação.
A festa é regada à tradição, como os almoços com tainha assada, churrasco de igreja, bolos, pastéis, muito quentão e pinhão.
Bajara cita entusiastas da festa, gente que deixou saudade como Evilésio da Costa, o expedicionário Milton Fonseca, além de Cláudio Bersi de Souza e a esposa, Dona Lucinha, que muito colaboraram com as festividades.
“A inesquecível Dona Lucinha, esposa do seu Bersi, tinha uma ligação religiosa muito forte com a capela. Os políticos sempre marcaram presença. Em 1986, o então governador Pedro Ivo Campos esteve presente, e na procissão comprometeu-se a construir o trapiche, o que ocorreu em 1987”, lembra o professor.