Economia
Santa Catarina foi “pouco prestigiada” no novo PAC, critica Fiesc
Federação diz que nos últimos 10 anos, programa tem tradição de atraso
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal foi visto com reservas por parte do empresariado catarinense. Apesar de prever um investimento na casa do trilhão para os próximos anos, o receio é de que os “projetos não saiam do papel”.
Segundo levantamento da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), nos últimos 10 anos, o estado recebeu menos de 51% dos recursos previstos nos PACs anteriores – essa falta de repasse seria a causa do atraso de obras estruturantes, como as duplicações das BRs 470 e 280.
“É uma reprodução do PAC anterior, não tem novidade. Se estamos falando de crescimento, precisávamos da conclusão da obra na BR 470, por exemplo, que deveria ter sido finalizada em 2018. Eu sou pessimista e agora é preciso ver se o pouco que foi previsto será posto em prática”, diz Egídio Martorano, gerente de Transporte e Logística da entidade.
O PAC é dividido em nove eixos: Água para todos; Cidades Sustentáveis e Resilientes; Educação, Ciência e Tecnologia; Inclusão Digital e Conectividade; Infraestrutura Social e Inclusiva; Saúde; Transição e Segurança Energética; Transporte Eficiente e Sustentável.
São 379 ações do PAC previstas em Santa Catarina, entre obras e projetos, somando R$ 48,3 bilhões. Do total, 235 (62%) são obras do programa Minha Casa Minha Vida. Para o Brasil, a promessa é de R$ 1,7 trilhão em investimentos.