Filó é uma capivara e foi criada como se fosse um animal de estimação. Agenor Tupinambá, de 23 anos, morador de Manaus, apresentava a bichinha nas redes “como sua melhor amiga.”  Só no Instagram, ele tem 1,1 milhão de seguidores. 

Agenor teve que se despedir de Filó na quinta-feira. Após denúncias, o animal precisou ser entregue ao Ibama. A separação foi postadas nas redes e o caso logo ganhou repercussão. 

O influenciador foi denunciado por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal. Agenor conseguiu o direito de visitar a capivara no Centro de Triagem de Animais Silvestre (Cetas), até que ela seja devolvida à natureza, segundo o Ibama. 

Mesmo tendo entregue Filó, Tupinambá vai pagar multas de mais de R$ 17 mil ao Ibama. Pra conseguir esse dinheiro, ele abriu uma vaquinha online. A arrecadação já encerrou e o influenciador conseguiu R$ 80.829,14 de 3577 apoiadores.  Além da multa, Agenor foi notificado para retirar do ar todas as publicações que fez com a capivara.

Lei Crime Ambiental

O artigo 33 da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/1998) diz que é proibido "explorar ou fazer uso comercial de imagem de animal silvestre mantido irregularmente em cativeiro ou em situação de abuso ou maus-tratos".

Segundo o Ibama, Agenor foi multado por práticas relacionadas à exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais. Em nota, o órgão disse que "animal silvestre não é pet".

"Por mais que algumas pessoas queiram cuidar de animais silvestres, quando os encontram na natureza, é necessário entender que eles não são animais domésticos, como cães e gatos. Capivara e bicho-preguiça são animais silvestres. Criar ou manter esses animais em casa é proibido pela legislação brasileira", disse o Ibama.