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Violência contra mulher pode ser denunciada por WhatsApp
Assistente virtual oferece a proteção. Só mulheres trabalham na central de ajuda
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
As denúncias de violência contra a mulher da Central de Atendimento Disque 180 agora também podem ser feitas pelo WhatsApp. O atendimento pela plataforma é por meio da assistente virtual Pagu, que vai oferecer uma série de serviços, incluindo o de falar com uma atendente “de verdade”.
A novidade está valendo desde a semana passada, quando a medida foi anunciada pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Desde o mês de março, todas as 360 atendentes da Central 180 são mulheres. No governo Bolsonaro, o serviço havia passado por mudanças, sendo unificado com o Disque 100, para denúncias contra os direitos humanos.
Com a Central voltando a atuar em separado, será possível um melhor diagnóstico da situação das mulheres no Brasil para a definição de políticas públicas de enfrentamento à violência, explicou a ministra. Ela também considerou que a opção pelo WhatsApp, sem depender de fazer uma ligação, ajuda no atendimento e acesso aos serviços.
“Você tem acesso às informações, aos serviços, mas também tem uma atendente, que, a qualquer momento, pode entrar nesta conversa. Ela faz o acolhimento, faz o atendimento através do WhatsApp, e a denunciante ou o denunciante pode registrar a denúncia de forma fácil, simples e direta pelo aplicativo”, destaca.
O canal de denúncias pelo WhatsApp deve ser adicionado como se fosse um contato normal no celular. O número é (61) 9961-0180. A orientação do Ministério das Mulheres é salvar o contato com o nome Pagu ou o nome de outra pessoa, para garantir a discrição. Outra dica é que as mensagens trocadas sejam apagadas em seguida para que os agressores não tenham acesso ao pedido de socorro.
Parceria com o Facebook
O novo canal de denúncias foi criado por meio de uma iniciativa conjunta entre a Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, e o ministério das Mulheres. Não é preciso baixar nenhum programa, basta adicionar o número e mandar a mensagem.
Pelo serviço, é possível enviar denúncias de violações contra as mulheres, obter informações sobre a lei Maria da Penha, encontrar endereços de serviços especializados no atendimento às mulheres e falar com atendentes da central. O serviço funcionar 24 horas por dia, todos os dias, inclusive finais de semana e feriados.
O nome Pagu para o aplicativo faz uma homenagem à escritora brasileira Patrícia Galvão, que morreu nos anos 1960. Ela foi destaque no movimento modernista e reconhecida como defensora de direitos feministas.