ECONOMIA
SC tem 13 cidades com melhor média de renda entre as 100 maiores do Brasil
Balneário Camboriú é a mais bem colocada na Amfri, que tem ainda Itapema e Itajaí na lista das mais ricas
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Santa Catarina tem 13 cidades entre os 100 municípios brasileiros acima de 50 mil habitantes com a maior renda média da população. Os dados são do estudo Mapa da Riqueza, feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base na declaração do Imposto de Renda e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad) em 2020.
Florianópolis lidera o ranking no estado com a maior renda média mensal, no valor de R$ 4214,67, na 4ª posição nacional. Em seguida, aparece Balneário Camboriú, a mais bem colocada na região da Amfri, com renda média de R$ 3028,63. O resultado deixou a cidade no 16º lugar entre as maiores cidades do país. Da região, ainda aparecem na lista Itapema (54º lugar) e Itajaí (75º lugar).
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De acordo com o estudo, a renda média da população catarinense é de R$ 1652, o quinto maior valor entre os estados. Apenas 19 cidades de Santa Catarina registraram renda acima da média para o estado. No Brasil, o Distrito Federal lidera a média de rendimentos entre as unidades federativas, com valor de R$ 3148.
Ao se considerar todos os 5570 municípios pesquisados, Santa Catarina aparece com oito cidades entre as 100 mais ricas. Nesse critério, Joaçaba entra na lista com a segunda melhor média do estado – R$ 3034,01, e a Amfri ficou representada por Balneário Camboriú e Itapema. Completam o ranking a líder Florianópolis e Jaraguá do Sul, Blumenau, Chapecó e Joinville.
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Desigualdade aumentou na pandemia
Programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida devem diminuir desigualdade, prevê especialista
A pesquisa da FGV buscou mostrar como a pandemia afetou a distribuição geográfica da riqueza do país, concluindo que a desigualdade de renda é maior do que o imaginado. “Mesmo com o Auxílio Emergencial, ao contrário do que se acreditava, a desigualdade brasileira não caiu durante a pandemia”, diz o relatório.
Em Santa Catarina, a cidade de Entre Rios, no extremo-oeste, tem a menor renda média no estado, no valor de R$ 217,19. O município está no grupo de 48 municípios catarinenses com renda média abaixo de R$ 500, quando se classifica a situação dos moradores como de pobreza.
No Brasil, a menor média mensal foi apontada em Matões do Norte, no Maranhão, com R$ 22,17. A cidade “mais rica” é Nova Lima, em Minas Gerais, com renda média de R$ 8.897,08. Em entrevista à Agência Brasil, o diretor da FGV Social, Marcelo Neri, destacou que a classe média foi a que mais perdeu renda na pandemia, numa queda de 4,2%. Já os mais ricos perderam menos: 1,5%.
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Para o diretor, o estudo serve para reformas nas políticas de impostos sobre renda e patrimônio visando a redução das desigualdades. Ele avaliou que a perspectiva é de melhora com o pagamento no novo Bolsa Família e a volta do programa Minha Casa Minha Vida com a inclusão das famílias com renda mais baixa. “Tem essa agenda social na base que é importante e determinante da desigualdade”, disse.
Ranking das mais ricas *
4 – Florianópolis: R$ 4.214,67
16 - Balneário Camboriú: R$ 3.028,63
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31 - Jaraguá do Sul: R$ 2.392,79
36 – Blumenau: R$ 2.269,16
54 – Itapema: R$ 2.064,38
60 – Chapecó: R$ 2.021,64
65 – Joinville: R$ 1.990,80
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67 - São José: R$ 1.922,86
72 – Concórdia: R$ 1.876,95
73 - Rio do Sul: R$ 1.874,68
75 – Itajaí: R$ 1.866,97
85 – Brusque: R$ 1.817,54
89 – Tubarão: R$ 1.801,60
* Posição e renda média das cidades de SC entre as 100 mais ricas com mais de 50 mil habitantes:
