Cena do despejo no bueiro foi filmada mas manifestantes desmentem que isso aconteça
(Foto: Leitor)
Frequentadores dos arredores do mercado público de Itajaí flagraram manifestantes que estão acampados em frente à Marinha do Brasil jogando gordura, óleo e outros dejetos da cozinha do acampamento no bueiro da rede pluvial, atrás do mercado público, cartão postal de Itajaí. O local fica nas proximidades da margem do rio Itajaí-Açu. Os manifestantes rebatem a denúncia informando que fazem o descarte correto da cozinha comunitária.
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As fotos foram enviadas ao DIARINHO mostrando o momento do despejo. Segundo os denunciantes, os manifestantes têm jogado diariamente todos os dejetos da cozinha comunitária no bueiro, ...
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As fotos foram enviadas ao DIARINHO mostrando o momento do despejo. Segundo os denunciantes, os manifestantes têm jogado diariamente todos os dejetos da cozinha comunitária no bueiro, levando restos da comida, gordura e óleo direto para o rio Itajaí-açu.
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O Instituto Itajaí Sustentável (Inis) confirma que o despejo é irregular e caracteriza um crime ambiental. “O correto é armazenar adequadamente o óleo de cozinha em um recipiente, como garrafa pet, providenciando a entrega em um ecoponto. Em frente ao Centreventos existe um, e é bem próximo ao acampamento”, orientou o órgão. O Inis informou que a equipe de fiscalização iria até o local checar a denúncia.
Membros do acampamento contatados pelo DIARINHO alegam que fazem o descarte correto do óleo usado na cozinha comunitária.
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Em um vídeo enviado ao jornal, eles mostram que usam um balde para colocar o óleo quente. Assim que ele esfria, o óleo é despejado através de um funil em uma garrafa pet de cinco litros e depois entregue para um senhor que faz o reaproveitamento do resíduo.
“O óleo é guardado para entregar para o senhor, que passa em uma caminhonete pega o óleo e usa para fazer sabão”, explica um membro do acampamento.
Pessoal diz que óleo do acampamento vira sabão
Óleo pode ser entregue em ecopontos
Segundo o Inis, o óleo de cozinha é composto por gorduras vegetais, animais ou sintéticas. Ele libera gases poluentes, como metano, um dos principais agentes no efeito estufa. Por isso, não pode ser descartado no lixo comum e muito menos na rede de esgoto ou pluvial.
A orientação para quem usa qualquer óleo nas refeições, é de que, após o uso, armazene o resíduo em um recipiente, podendo ser uma garrafa pet, e depois procure um ecoponto para o descarte correto.
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A cidade conta com pontos de entrega voluntária de óleo vegetal em diversas regiões da cidade. Os endereços podem ser conferidos no site Descarta.i, veja também abaixo.
Itajaí ainda conta com serviço de empresas licenciadas para a coleta e destinação do óleo vegetal usado, que é enviado para reaproveitamento na produção de material de limpeza, biodiesel e ração animal.
Locais de coleta de óleo de cozinha
Centreventos
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Rua Ministro Victor Konder, Beira Rio, centro de Itajaí
Telefone: sem telefone – funcionamento 24 horas
Colégio Unificado
Rua Rodolfo Kucker, 715, São Vicente. Telefone: (47) 3046-0650
Rua Benjamin Dagnone, 5168, Rio do Meio. Telefone: (47) 3045-5200
Partido questiona o uso de um espaço público
Na semana passada, o presidente do diretório municipal do PT de Itajaí, Gerd Klotz, e o advogado Marcelo Saccardo Branco protocolaram na prefeitura um pedido de informações sobre a situação do acampamento em frente à Marinha do Brasil. O grupo se instalou no local após a derrota nas urnas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ocupa desde então o espaço público da calçada e de vagas de estacionamento. Nunca foi esclarecido quem banca o fornecimento de água ou a energia do local.
“Estamos questionando o governo municipal sobre as autorizações para a ocupação de vias públicas, calçamentos, estacionamentos (inclusive para idosos), a origem do abastecimento de água e energia elétrica e sobre (a falta de) alvarás sanitários para o funcionamento da cozinha comunitária que os extremistas montaram no local”, destaca o dirigente do partido.
O PT cobra que o município informe se há autorização de uso do espaço público. Se não houver as autorizações, o documento pede que a prefeitura providencie a desocupação do. Gerd promete, se não ter acesso as autorizações, entrar na justiça.
PT municipal questiona se acampamento tem licenças municipais para uso do espaço (Foto: Arquivo)
Ajude o meio ambiente e fature uma grana: empresa recolhe óleo usado e ainda paga por ele
Empresa paga R$ 2 por cada litro de óleo usado recolhido
Pra quem quebra a cabeça tentando saber o que fazer com o óleo de cozinha usado, vai lá uma dica preciosa: tem empresa que vai até a sua casa fazer essa coleta e ainda te paga pelo óleo velho entregue. A Ita Resíduos Coleta de Óleo de Cozinha Usado, que há 13 anos tem filial no bairro Cidade Nova, em Itajaí, recolhe o óleo de cozinha usado na casa de moradores, empresas ou restaurantes, e ainda paga R$ 2 por cada litro de óleo recolhido.
Patrícia Oliveira, funcionária da empresa, explica que a Ita trabalha somente com o recolhimento mediante agendamento.
“Fazemos a coleta em residências, empresas, restaurantes. A pessoa liga, faz o cadastro e agenda. A cada 90 dias os caminhões passam e buscam o óleo usado”, explica.
Segundo Patrícia, os dados do cliente são cadastrados em um sistema on-line e depois do recolhimento ocorre o pagamento em conta corrente. O telefone para agendar o recolhimento de óleo usado é o (47) 3363-3562.
A empresa também disponibiliza galões para os interessados armazenarem o óleo velho. Também dá pra guardar o material em garrafas pets ou bombonas de água sem uso.
O óleo recolhido segue para a matriz da empresa em Joinville, onde acontece o tratamento adequado em máquinas especializadas para o serviço. O óleo usado é reaproveitado na produção de material de limpeza, biodiesel e até ração animal. “Temos bastantes clientes cadastrados de toda a região: Itajaí, Camboriú, Itapema, Joinville”, comenta.
Fran Marcon; formada em Jornalismo pela Univali com MBA em Gestão Editorial. Escreve sobre assuntos de Geral, Polícia, Política e é responsável pelas entrevistas do "Diz aí!"
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