Porto Belo

Ministro do STF deixa SC após ameaças e xingamentos

Luís Barroso foi embora, sob escolta, durante a madrugada, para evitar confronto entre PMs e manifestantes

Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

Grupo ficou xingando o ministro e a família durante a madrugada
(foto: leitor)
Grupo ficou xingando o ministro e a família durante a madrugada (foto: leitor)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso precisou de escolta da Polícia Militar para deixar uma casa de veraneio no bairro Vila Nova, em Porto Belo, durante um ataque de manifestantes sofrido na madrugada desta sexta-feira.

O ministro e a família estavam passeando no litoral catarinense quando foram hostilizados por um grupo em um restaurante da cidade e depois perseguidos até a casa de veraneio. Manifestantes, que não concordam com a derrota nas urnas do presidente Jair Bolsonaro (PL), fizeram xingamentos, ameaças e ficaram por cerca de seis horas em frente do imóvel onde o ministro estava.

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Ainda nesta sexta-feira, o ministro Barroso condenou o “desrespeito” que sofreu em território catarinense. Em nota oficial, o magistrado diz que “ameaças de violência não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país”.

“A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas. O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir”, diz a nota oficial do ministro.

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Barroso estava jantando com familiares e amigos em um restaurante de Porto Belo na noite de quinta, quando manifestantes vestidos de verde e amarelo passaram a proferir xingamentos e provocar transtornos no local.

“Ao retornar para a casa onde estava hospedado, a equipe de segurança detectou que um grupo identificara o lugar onde ficaria o ministro e começou a convocar outras pessoas para o local, fazendo ruído perturbador para toda a vizinhança e paralisando a circulação nas ruas”, explica a nota oficial.

Não houve proximidade física com o ministro,  mas a situação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta. O ministro teria optado por ir embora e  evitar assim o  confronto entre polícia e os manifestantes.

Ainda não foi confirmado se haverá investigação para identificar o grupo que fez as ameaças. Por enquanto, segundo as polícias Federal, Civil e Militar de Santa Catarina não houve denúncia oficial sobre o caso.

O Ministério Público Estadual, o Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR)  não teriam sido acionados formalmente sobre o caso. O MP catarinense publicou uma nota repudiando a ação e se colocando à disposição para auxiliar em todas as providências necessárias, no que é de sua competência, para identificar e responsabilizar os envolvidos.

Perseguição e seis horas de gritos no meio da rua

Barroso foi reconhecido enquanto jantava com a família no bairro Perequê e o grupo de manifestantes passou a xingá-lo no restaurante. De lá, os manifestantes perseguiram o ministro até a sua casa, no bairro Vila Nova, onde os xingamentos se intensificaram e passaram a incomodar toda a vizinhança. O ministro foi chamado de “lixo, vagabundo e bandido”.

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O tenente-coronel Eder Jaciel, comandante da PM do Rio Tijucas e da Costa Esmeralda, informou que a PM prestou apoio à segurança do ministro até o  embarque no Aeroporto de Florianópolis durante a madrugada. Por volta das 4h, cerca de 30 pessoas ainda estavam em frente à casa onde estava Barroso em Porto Belo. O tenente-coronel diz que não houve necessidade de conter os manifestantes e que não houve investidas contra as forças de segurança.

O sargento Fábio Fonseca Ribas, da comunicação da PM de Porto Belo, diz que a polícia teve acesso somente aos seguranças do ministro, que acionaram as guarnições pra dar apoio à segurança pública. “O ministro não registrou boletim de ocorrência. Ninguém foi preso ou contido por conta da manifestação.




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