O dono de uma casa de prostituição em Navegantes teve sua prisão temporária convertida em preventiva, na terça-feira, por decisão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Na ação, os desembargadores negaram um recurso da defesa do acusado, que pedia a liberdade provisória e adoção de medidas cautelares. O homem é acusado dos crimes de lesão corporal leve, rufianismo (tirar proveito da prostituição alheia) e manutenção de casa de prostituição.

Ele está preso desde agosto, quando foi detido por tentativa de homicídio. A vítima, uma garota de programa, relatou que o dono do estabelecimento explorava ela e outras garotas e fazia ameaças para ficar com parte do dinheiro dos programas. Ela disse que o cafetão andava armado, que foi estrangulada e ameaçada por ele, e que o homem também intimidou a sua filha.

A mulher contou que pagava R$ 50 pela diária de um quarto e repassava ao cafetão mais da metade de cada programa. Na ocasião da agressão, a jovem saiu com um cliente e voltou somente no dia seguinte e, por isso, o agenciador queria cobrar uma dívida de R$ 2,9 mil. Isso porque ela teria deixado de fazer 24 programas durante o período que esteve fora. Para evitar que a moça deixasse o local, o agressor tomou o celular da vítima e impediu seu acesso a contas bancárias. À polícia, a mulher comprovou os programas e o repasse de dinheiro para a esposa e para o filho do acusado.

Quando os policiais chegaram ao local, encontraram mais sete garotas de programa e todos os seus celulares estavam com o agenciador. A prisão em flagrante foi inicialmente convertida em preventiva pela justiça.