Um bruto carregado de alimentos não-perecíveis, água e produtos de limpeza abasteceu, durante a tarde de domingo, os bairros mais atingidos pela enchente em Itajaí. O primeiro destino do veículo, adquirido pelo empresário Emílio Dalçoquio em parceria com o Beto Carrero World, foi a região mais baixa do bairro Cordeiros, onde a água deixou a galera de pernas pro ar. O bruto, que saiu do Centreventos de Itajaí no início da tarde, levou cerca de 150 cestas básicas com arroz, feijão, açúcar, bolacha e café. A primeira região visitada foi a chamada vila da Miséria, no Cordeiros, pertinho da Murta. Agentes da defesa Civil peixeira e voluntários distribuíram as cestas de casa em casa e, a cada visita, anotavam o endereço, pra cadastrar a família beneficiada. Nossa ideia é chegar o mais perto possível da vila da Miséria, que é um dos pontos mais atingidos pela enchente, informa o secretário de Comunicação da prefa de Itajaí, Ivan Rupp. Além dos seis mil sacolões adquiridos, foram montados outros 1250 com os produtos doados. O Centreventos da Marejada recebeu ainda 25 toneladas de comida recolhidas e enviadas pela defesa Civil de Florianópolis. Dessas 25, 10 toneladas chegaram ao aeroporto de Navegantes e seguiram de helicóptero para Rio do Sul, para auxiliar as famílias atingidas por lá, conta o assessor da prefa. Até o início da tarde de domingo, o comando de Operações da defesa Civil já havia distribuído um total de mil cestas básicas e 16 mil litros de água mineral pras famílias atingidas. Os primeiros dois mil kits foram montados e distribuídos pras famílias cadastradas nos abrigos e que já retornavam pra casa durante a manhã de domingo. Até quarta-feira, a prefa de Itajaí espera receber cerca de seis mil kits de alimentação já adquiridos. Muita coisa ainda não chegou por uma questão logística, explica Ivan.
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No parque da Marejada não se entrega sacolão
A prefeitura faz questão de frisar que o povão não deve ir até o pavilhão da Marejada, como é chamado o Centreventos de Itajaí, para buscar sacolões. O local serve apenas para receber doações, organizar e distribuir para os caminhões, que irão abastecer a cidade. Não adianta vir para cá, que não iremos entregar sacolões, adianta Ivan. O secretário de Comunicação explica que quando o caminhão fizer a entrega as famílias já serão cadastradas pelo endereço, assim se evitará que moradores receberam várias vezes comida e em outras não chegue o alimento
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