A reunião entre médicos anestesistas e a direção do hospital Marieta Konder Bornhausen, realizada ontem, foi a última tentativa de evitar uma greve anunciada, que vai começar hoje. De acordo com a presidência do sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc), mesmo após vários encontros, o impasse sobre a remuneração da categoria continua. A assessoria de comunicação do Marieta informou que a paralisação é ilegal e que a maior parte das cirurgias realizadas no hospital 800 por mês, em média deve ser cancelada por causa da cruzada de braços dos dotores, que vão atender apenas situações de emergência.
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A principal bronca dos anestesistas do Marieta é com relação ao valor pago por hora de plantão. De acordo com o presidente do Simesc, o médico Cyro Soncini, os homens de branco reclamam dos 40 pilas ...
A principal bronca dos anestesistas do Marieta é com relação ao valor pago por hora de plantão. De acordo com o presidente do Simesc, o médico Cyro Soncini, os homens de branco reclamam dos 40 pilas que recebem por hora, mas não informaram qual a quantia pedida pela classe. Vários pontos já foram acordados, mas o valor da hora a ser paga no plantão continua sendo um problema. Os médicos não citaram um valor, apenas abriram a discussão para uma proposta de aumento, que não existiu, explica Cyro.
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Os 15 médicos anestesistas que devem cruzar os braços a partir de hoje são da empresa Sanit (serviço de Anestesia de Itajaí). Em nota, a assessoria de comunicação do Marieta informou que os recursos financeiros do hospital são limitados e provenientes do sistema Único de Saúde (SUS). Ainda de acordo com o papéli, uma paralisação dos médicos anestesistas seria ilegal em razão dos profissionais fazerem parte do corpo clínico da instituição e terem obrigações que os impedem de brecar os atendimentos, inclusive os procedimentos eletivos (em que não há risco de morte).
Vão parar
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No próximo dia 25, terça-feira, médicos de todo o país estarão mobilizados num protesto pra chamar a atenção das autoridades e da sociedade pro serviço prestado pelo SUS. Na Santa & Bela, os dotores irão paralisar os atendimentos eletivos durante uma hora nas unidades públicas de saúde, entre 13 e 14h.