Itajaí

Mãe conta o drama que é ter um filho trabalhando pra traficantes

Autoridades, acusa mãe, deixam funcionar locais de aliciamento de menores

Com sofrimento e desolação ela suportou os primeiros dias. Agora, a itajaiense C.S., 49 anos, encara o problema de ter um filho adolescente que vende drogas com indignação e revolta. C. é uma das centenas de mulheres da região que viu os filhos serem aliciados para o exército do tráfico. “Tem noites que eu não consigo nem dormir de tanta preocupação”, disse ao DIARINHO, confessando que já não sabe mais o que fazer pra tentar salvar o caçula dos quatro filhos.

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Os comentários que ouve pelo bairro Cidade Nova, onde mora, dão conta que o garoto serve ao tráfico de porcarias. Ela já desconfiava disso. Hoje, admitiu, tem certeza. O nervosismo pelo qual tem ...

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Os comentários que ouve pelo bairro Cidade Nova, onde mora, dão conta que o garoto serve ao tráfico de porcarias. Ela já desconfiava disso. Hoje, admitiu, tem certeza. O nervosismo pelo qual tem passado nos últimos dias se reflete no rosto, marcado pelas profundas olheiras. Os olhos castanhos escuros de C. ficam logo vermelhos e marejados quando ela imagina o que o garoto perde diariamente por estar viciado e servindo aos traficantes.

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Pra essa mãe, tristeza e revolta andam juntas. Isso porque, na sua opinião, há um descaso das autoridades que deixam funcionar locais que hoje servem como pontos de aliciamento de crianças e adolescentes. “Cadê os juízes, os promotores de justiça, cadê o conselho tutelar, cadê a polícia, que são designados a dar batidas em locais como o Kubanacan, o La Cabana e o Tiradentes? Por que não vão lá fechar esses lugares?”, provoca. referindo-se aos clubes onde, segundo ela, muitos menores iniciam a vida no tráfico.

Denúncias não são levadas a sério

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C. tem vivido praticamente em função do filho viciado e que hoje trampa pro tráfico pra poder sustentar o vício. Mas, faz questão de dizer, não tentará livrá-lo da cadeia, caso seja preso: “Ele vai ter que pagar pelo que fez. Se tá errado, tem que pagar”, sentenciou.

No alto do seu desespero, C. radicaliza. Pra ela, traficante que alicia menor e o leva a vender drogas deveria ser condenado à morte. “O Brasil devia lançar pena de morte pra traficante, porque a gente cria um filho a vida toda, pra depois ele trabalhar pra essa gente”, desabafa.

Sobre o relacionamento com o filho, ela revelou que o jovem não lhe dá ouvidos. C. já procurou ajuda no conselho tutelar e na polícia, mas, reclamou, as denúncias que fez relatando que menores traficavam nos clubes Tiradentes e La Cabana não foram sequer conferidas pelos dois órgãos. “Apenas a conselheira Anadir me dá ouvidos. Também é a única que atende os plantões”, afimou, revelando que pretende continuar lutando pra alertar as autoridades. “Eu vou sair atrás dos meus direitos de mãe. Vou abordar esse assunto, porque precisamos de mais repressão da polícia e prevenção por parte de outras autoridades”, concluiu.

 




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