Itajaí

Faltam carrinhos pra malas na rodoviária

Bagrão do terminal admite o problema e promete comprar mais unidades

O terminal rodoviário de Balneário Camboriú recebe, diariamente, viajantes da Santa & Bela, do Brasil e até do exterior. José Carlos Borba, 43 anos, é um deles. Ele e a família costumam usar a rodô da Maravilha do Atlântico pra seguir pra São Paulo. O passageiro reclama que é raro encontrar algum carrinho pra carregar bagagem dando sopa nos findes e até nos dias de semana. Também pudera. O terminal tem apenas 11. “É uma vergonha. Isso que era terça-feira, sem movimento nenhum, imagina na temporada”, debulha.

Terça, a esposa de José precisou ir pra Sampa e os dois, como de costume, foram pro terminal do Balneário. Lá, ficaram mó tempão esperando que algum passageiro liberasse pelo menos um carrinho. “ ...

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Terça, a esposa de José precisou ir pra Sampa e os dois, como de costume, foram pro terminal do Balneário. Lá, ficaram mó tempão esperando que algum passageiro liberasse pelo menos um carrinho. “Qualquer horário que tu chegas lá vais ver. Dá até briga por causa da falta de carrinhos e os que têm tão capengas, quebrados e sem rodinhas”, atesta. O comerciante questiona o que é feito com o dindim cobrado pela taxa de embarque, que é, ou deveria ser, revertido pra manutenção do terminal.

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O DIARINHO foi até a rodoviária quinta-feira à tarde conferir o movimento de passageiros e o estado dos carrinhos. Durante 30 minutos, três ônibus pararam nas plataformas de embarque e desembarque vindos de Blumenau, Curitiba e Florianópolis. Cerca de 15 pessoas esperavam pelos latões de viagem. À tarde é o período do dia mais tranquilo na rodô. Pela manhã e à noite, porém, o bicho pega.

Ailton Manoel Rocha, 63, taxista há 25 anos na rodoviária da Maravilha do Atlântico, localizada na avenida Santa Catarina, em frente ao BC Shópis, diz que há anos a situação é assim. “Nem sei quando foi que compraram esses carrinhos”, diz. De acordo com ele, tem gente que até leva os equipamentos embora. “Esses dias mesmo eu fui buscar um ali no bar, que o cara tinha levado com as malas”, lembra.

“Pessoas demoram pra liberar carrinhos”, diz supervisor

César Lehmann, supervisor do terminal, admite que os carrinhos tão caindo aos pedaços. “Eles tão há anos aí, mas ainda são funcionais”, diz. De acordo com ele, o que acontece é que as pessoas não sabem usar adequadamente o equipamento. Cada um guenta, no máximo, 30 quilos, mas o povão e as empresas que carregam encomendas socam muito mais em cima. “Eles depredam os carrinhos e ainda levam embora. Quando a gente manda alguns pra manutenção acaba faltando mesmo”, justifica.

Hoje, a rodô possui 15 carrinhos, mas quatro estão em manutenção. Todos estão enferrujados, quebrados e com as rodinhas tortas. Pro supervisor, o problema sobra pros usuários. “De manhã, o pessoal que chega de viagem pega três ou quatro carrinhos, enche de malas e fica sentado esperando. Aí, o pessoal que chega não tem nenhum disponível. Temos que ficar correndo atrás pras pessoas liberarem os equipamentos”, conta.

César diz que os passageiros são uns mal-educados. “Temos um fiscal por turno que trabalha só pra cuidar dos carrinhos, mas como ele vai chegar e pedir pras pessoas tirarem as malas? É capaz dele ser xingado”. Por isso, a saída será comprar mais carrinhos. Até a temporada de verão, César garante que serão adquiridas mais unidades pra atender a demanda. “Mas pedimos o bom senso das pessoas que não depredem e usem com consciência”.

Fiscalização

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O terminal rodoviário de Balneário Camboriú recebe, diariamente, na baixa temporada, entre três e quatro mil pessoas. Esse número sobe pra 12 mil entre dezembro e março. No total, 20 empresas de transporte param nas plataformas todos os dias. O procurador do município, Marcelo Freitas, explica que o terminal é privado e presta um serviço público. Ele é administrado na forma de um condomínio. A prefa é dona de 20%.

“Na verdade é uma situação jurídica atípica, porque não se encaixa no modelo de concessão, é uma espécie de parceria entre o poder público e privado”. Ou seja, o Reino da Dinamarca não tem responsabilidade em cuidar ou fiscalizar o serviço. Pra isso, indica Freitas, o povão tem que procurar o Procon.

A diretora do órgão, Ornella Amaya, afirma que nunca recebeu esse tipo de reclamação, as mais comuns são com relação a passagens de ônibus. “Dependendo da denúncia, a gente vai até lá e notifica a rodoviária”, explica. Ornella orienta que os passageiros que se sentirem lesados devem procurar o órgão.

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