Ali, se concentra o fluxo de quem tá passando pelo viaduto da 101, quem tá saindo ou acessando as marginais e ainda o pessoal que precisa chegar ou sair da Terceira avenida. Como nem todo mundo respeita a sinalização e as preferenciais, o resultado é um nó no trânsito que deixa tudo parado, principalmente nos horários de pico.
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O mecânico Tiago da Silva Machado, 32 anos, trampa numa oficina em frente à rótula. “Fica tudo num ponto só. A cidade cresceu demais e não tem mais espaço para sair”, aponta. Segundo ele, pela manhã, ao meio dia e no final de tarde são os períodos que o trânsito fica mais embolado.“A gente evita até de sair da oficina para entregar os carros pros clientes”, comenta.
As consequências da muvuca são acidentes frequentes que Tiago já cansou de ver. Como o local também é de travessia de pedestres e ciclistas, a atenção precisa ser redobrada. Mas nem sempre dá tempo. “O carro freia rápido pro pedestre passar e quem vem atrás não vê e bate”, explica. Na sexta-feira, quando o DIARINHO foi até o local, tinha uma agente de trânsito controlando o fluxo de quem vinha pela marginal norte.
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Mas os guardinhas só aparecem no final da tarde. “Eles ficam aqui meia horinha e depois vão embora, mas precisavam ficar mais. Os guardas são pra fazer esse tipo de serviços”, considera.
Semáforo
Ademilson da Cunha Rocha, 21, é garçom numa lanchonete ao lado da rótula. Ele diz que já presenciou diversos acidentes. Os casos envolvem pequenas batidas, retrovisores quebrados e atropelamentos de pedestres. “Tudo pela falta de um semáforo”, avalia. “Deveria ter um semáforo porque hoje o pessoal passa direto. Todos querem emendar e daí o que mais dá é buzinada,” argumenta.
Para o advogado Samuel Brascher, 35, que roda pelo trecho diariamente, a colocação da sinaleira pode ser uma boa ideia. Ele, no entanto, acredita que é preciso fazer um estudo técnico para avaliar a melhor solução para todos. “O certo é que, pra gente que transita, não tá bom”, faz questão de dizer.
De acordo com Samuel, a rótula do viaduto é a mais complicada da cidade. Para ele, uma opção para melhorar seria diminuir o contorno da rótula, que estaria ocupando muito espaço. Por isso, aponta, os carros param muito em cima do trevo e precisam fazer uma curva acentuada. “Dá pra ver que a rótula foi bem mal projetada”, completa.
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Pra secretário, só prolongamento da Quarta vai resolver
Edson Kratz, secretário de Planejamento da prefeitura, chama a rótula de “ponto conflitante”, por conta do grande volume de trânsito. O que gera o tráfego intenso por ali é o fato da rótula ser caminho para a Univali e rota de quem usa o túnel para ir ao trabalho.
O secretário acredita que, para melhorar o fluxo no trecho, só quando a prefeitura entregar mais uma parte do prolongamento da Quarta avenida, que será estendida até a rua 3100. “Aí teremos alteração no sentido de trânsito e também alteração debaixo do túnel, pois deveremos ter mão inglesa”, informou.
O problema é que isso vai demorar. “Estamos agora fazendo a sondagem e devemos iniciar a obra no mês de julho”, diz, emendando: “Não sei se conseguimos chegar dentro da 3100, mas chegaremos na 3020”, explica.
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Ontem, Edson Kratz já mandou um engenheiro de trânsito da prefeitura fazer um estudo para apresentar soluções paliativas para o problema. Ele espera o estudo para quarta-feira que vem.
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