Itajaí

Tem de cachorro quente à acarajé em Itajaí

O segredo é fazer lanches rápidos, baratos e saborosos

Mal começa a escurecer e os ambulantes de comida já ganham as ruas de Itajaí. Carros adaptados, barraquinhas improvisadas e até churrasqueiras móveis. Comerciantes chamando aos berros fregueses para experimentar seus quitutes. Correria e descontração para atender o povão com rapidez e simpatia. O boom dos lanches de rua tem opções para satisfazer o estômago e o bolso de qualquer consumidor.

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Com mais de 130 lancheiros licenciados e distribuídos nas principais vias da cidade, as avenidas Sete de Setembro, Reinaldo Schmithausen, Joca Brandão, Beira-Rio e rua Estefano José Vanolli, abrigam ...

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Com mais de 130 lancheiros licenciados e distribuídos nas principais vias da cidade, as avenidas Sete de Setembro, Reinaldo Schmithausen, Joca Brandão, Beira-Rio e rua Estefano José Vanolli, abrigam uma rota gastronômica com lanches de rua. A peregrinação apresenta várias opções de rangos, alguns inusitados por aqui.

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Na avenida Sete de Setembro são opções rápidas e gostosas. A primeira é o Espetinho do Paulista. O local atrai pessoas de várias idades e classes sociais. O dono, Diego Fernandes, veio de São Paulo e encontrou aqui um nicho de mercado. “Eu vi uma oportunidade nessa cidade. Não tinha espetinho aqui e resolvi montar”, explicou. Segundo o churrasqueiro, o diferencial é o “amor e carinho” que usa na fabricação de seu produto, além da qualidade da carne. Ele garante que usa filé mignon. O segredo é o tempero que deixa “mais saboroso e suculento”.

Um dos fãs do espetinho é o montador de móveis Bruno Laurentino. O fã de churrasquinho frequenta o local há dois anos. “Sou de Brasília e lá tem muito espetinho. Venho aqui porque é muito gostoso. O Paulista é muito bacana e atende o pessoal muito bem”, comentou o rapaz que sempre pega o clássico espeto de carne.

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Dogs dominam as ruas

Quando se pensa em uma refeição rápida e barata, a primeira lembrança é a do cachorro-quente. Esse tipo de lanche domina as ruas da city peixeira. São pelo menos 15 barraquinhas entre os bairros Cordeiros e São Viça.

No São Vicente, a barraca Hot Dog Cor chama a atenção pela aglomeração de clientes. Com 23 anos de estrada, o local é quase uma Meeca do Dogão em Itajaí. O dono, seu Nilson de Jesus, se orgulha ao dizer que é o proprietário do ponto de cachorro-quente mais antigo da cidade.

A empresa é familiar e o empreendimento foi montado numa época em que estava difícil conseguir emprego. Seu Nilson se especializou em cachorro-quente tradicional e com salsichas duplas. “O cardápio é sempre o mesmo. Tem quem ofereça lanche prensado, mas nós não. Está dando certo assim e não precisamos mudar”, falou.

Se depender da clientela, seu Nilson não precisa mexer no cardápio. O despachante aduaneiro Carlos Eduardo Aquino é um dos fanáticos pelo dog. “A primeira vez que vim, o meu amigo falou pra pegar dois. Realmente, é totalmente diferenciado, o cachorro-quente é muito gostoso. Eu sempre venho aqui. Todos que vem me visitar em Itajaí, eu trago para conhecer. E ninguém se arrepende”, contou enquanto esperava os seus dois cachorrões.

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Tempero baiano na city peixeira

“Oque me motivou a abrir a barraca de tapioca foi trazer um pouco da cultura da Bahia para o povo de Itajaí. Para que venham se deliciar com uma das coisas que a gente tem de bom na Bahia”, explicou a vendedora de tapioca, Daniela Almeida.

A barraca de Daniela, na avenida Reinaldo Schmithausen, tem apenas três meses e está em fase inicial. Apesar disso, já atrai pessoas de toda a região. Um casal vindo de Penha estava experimentando a tapioca “Romeu e Julieta”, de goiabada e queijo. Eles ouviram de amigos que a tapioca era sensacional e foram tirar a prova. Tanto aprovaram que até repetiram.

Para Daniela, a variedade, o tempero nordestino e, principalmente, a relação que tem com os clientes são os diferenciais para atrair mais pessoas. “A gente faz a tapioca e conversa com todo mundo. Cativa, brinca. Esse é um pouco da Bahia aqui em Itajaí”, disse.

Ainda na Schmithausen encontra-se a barraca de acarajé da também baiana, Lucitelma de Oliveira. Assim como sua conterrânea, a vendedora procurou trazer a cultura de seu estado para Santa Catarina. Com quase um ano de existência, a barraca atrai pessoas que querem uma comida típica de outra região e bem apimentada. “É difícil encontrar uma baiana vendendo acarajé aqui em Itajaí. O acarajé é uma comida diferente e bem procurada”, contou.

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Como evitar um piriri

Muitas pessoas têm medo de curtir comida de rua pelo temor de sofrerem alguma intoxicação alimentar. Para evitar um piriri, o cliente deve ter alguns cuidados na hora de encher a pança nas ruas.

Para início de conversa, o consumidor deve procurar o alvará de funcionamento da barraca. O comerciante deve deixar o documento em um local visível, assim você saberá que o local está licenciado e passou pela fiscalização da vigilância sanitária. Avalie se os hábitos do comerciante são higiênicos.

Ele deve lavar as mãos com frequência e quem mexe com o dinheiro não pode ser a mesma pessoa que prepara e serve a comida.

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Observe a estrutura de trabalho. É sempre bom ter um local com água corrente para higiene pessoal e até para lavar alimentos. Também é preciso ter um refrigerador, já que muitos dos ingredientes estragam com facilidade se não forem guardados de maneira correta, principalmente no calorzão de Itajaí.

Quer trampar na rua? Saiba como fazer certinho

Montar um dogão ou uma barraca de comida nas ruas exige algumas burocracias. Porém, se tudo correr bem, o comerciante pode estar na ativa em aproximadamente um mês. Pra isso, precisa ser aprovado em alguns processos.

Pra começar, precisa decidir com que quer trabalhar e onde quer montar o carrinho de lanche. “Existem alguns locais, como a região central, que não damos mais alvará para ambulantes. Os alvarás para as praias são especiais e duram o período da temporada. A liberação do alvará é relativa, depende do que a pessoa vai vender e onde vai vender”, explicou o secretário de Urbanismo, Paulo Praun.

A prefa tá brecando o alvará na região central pois as barraquinhas podem atrapalhar o trânsito e, durante o dia, os carrinhos não podem parar em locais onde há cobrança da zona azul. O Espetinho do Paulista, pro exemplo, trabalha na praça do Xande. O dog do João conseguiu a liberação no pátio da Hidroart e assim não prejudica o trânsito da avenida Sete de Setembro.

Após conseguir o local para atuar, o comerciante precisa passar pelo aval sanitário. Precisa de carteira de saúde e do alvará da vigilância sanitária. “A carteira de saúde é um documento que mostra que o cidadão está apto para manipular alimentos. Ele vai ao médico, passa por uma bateria de exames e, por fim, tem que fazer o cursinho de prática de alimentos. Passando por tudo isso, vem a inspeção do local de trabalho feita pela vigilância,” explica o diretor do departamento de Vigilância Sanitária de Itajaí, Luiz Antônio Spinoza.

A carteira de saúde é feita na própria Vigilância. O cursinho é ministrado ali e dura duas horas. Para tirar o documento, o futuro comerciante não gasta nem um tostão.

Tem duas formas de ter alvará para trabalhar nas ruas. Uma é como ambulante. As taxas, neste caso, giram em torno de R$ 200 – incluindo o alvará de funcionamento de R$ 140 e o sanitário que gira na faixa de R$ 50. Os comerciantes também podem optar por fazer o cadastro de Micro Empreendedor Individual (MEI). O valor da taxa anual é de R$ 219 e mais R$ 50 do alvará sanitário.

Sobrevivendo das ruas

Montar uma barraca nas ruas é trabalhoso, mas vale a pena financeiramente. Seu Nilson do Hot Dog Cor é a prova disso. A família do empresário vive há 23 anos com a renda dos cachorrões. Trabalhando de segunda a sábado, a família já empregou muita gente em Itajaí e garante o sustento da família de seis pessoas.

Diego Fernandez, o Paulista, tem como renda os espetinhos há cinco anos. O churrasqueiro sonha em ampliar sua marca e que o “Espetinho do Paulista” seja experimentado por toda a cidade.

Já a venda de quitutes das baianas da Reinaldo Schmithausen ainda não é a principal fonte de renda das mulheres, porém a grana tem grande importância na economia da família.

Lucitelma sonha em ampliar seu negócio para que a venda das iguarias baianas tenha ainda mais importância na vida financeira de sua família. Nenhum dos comerciantes quis revelar quanto fatura por mês com as barraquinhas.




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