O pedreiro José Augusto Corrêa, 21 anos, levou os policiais da divisão de Investigação Criminal (DIC) até o local onde enterrou o corpo da adolescente Mirian Vanessa da Silva, 15 anos. Ontem, no pico da Pedra, no bairro Rio Pequeno, em Camboriú, os policiais encontraram a ossada da jovem que estava desaparecida desde julho do ano passado. Mirian estava grávida de três meses e foi morta pelo pai da criança. José teria agido a mando da esposa, que não aceitava a gravidez da adolescente que namorava o seu marido.
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Segundo o delegado Osnei Valdir, o advogado de José procurou a DIC ontem à tarde para falar que ele estava disposto a cooperar com as investigações. Além de confessar o crime, ele indicou à polícia ...
Segundo o delegado Osnei Valdir, o advogado de José procurou a DIC ontem à tarde para falar que ele estava disposto a cooperar com as investigações. Além de confessar o crime, ele indicou à polícia onde enterrou o corpo da jovem.
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José levou Mirian a 200 metros acima da cachoeira do pico da Pedra e ali a estrangulou até a morte. Depois, ele usou uma vala para jogar o corpo e colocou bastante terra e pedra em cima. A parte superior do corpo já estava só em esqueleto. Do quadril para baixo, estava mais preservado.
O delegado disse que José estava calmo. Ele só não quis ir até o local onde enterrou o corpo. Ficou na cachoeira e os policiais seguiram as coordenadas dele, conta. O Instituto Médico Legal (IML) esteve no local e recolheu os restos da adolescente.
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Ainda na noite de ontem, o delegado Osnei tomaria o depoimento oficial de José. Ao que tudo indica, José vai assumir o crime para tentar livrar a esposa Carolaine de Moraes Alves, 19, do crime.
Fim do mistério
Na terça-feira, o mistério envolvendo o sumiço de Mirian chegou ao fim. O delegado Osnei informou que a menina foi morta após uma emboscada armada por José no dia 5 de julho. Mirian engravidou de José. Ele fez a menor acreditar que eles fugiriam pra Caçador, onde cuidariam do filho que ela esperava. Só que ela foi levada no carro do cara até o pico da Pedra, onde foi morta e enterrada.
A polícia desvendou o crime após quebrar o sigilo telefônico de José, ouvir testemunhas, de descobrir que Carolaine ameaçava a vítima e a perícia revelar sangue no carro do pedreiro. José e Carolaine estão presos desde dezembro.