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New Orleans


New Orleans, Louisiana, EUA, é a seu modo como Veneza, uma cidade única. A cidade nasceu francesa, em 1718. Em 1861, se tornou possessão da Espanha. Voltou a pertencer à França, e em 1803, foi vendida (com o estado da Louisiana) por Napoleão aos Estados Unidos, pela bagatela de 15 milhões de dólares.

Antes dos brancos, índios nômades circulavam por ali, nas bordas do mítico Rio Mississipi. Depois, durante o domínio francês e espanhol, aportaram milhares de negros oriundos da África, que vieram para trabalhar nas lavouras do sul como escravos. Desse caldeamento de etnias, incluindo os americanos antes e depois do século 19, dessa particular evolução histórica, do clima úmido e das influências do grande rio, resultou uma cidade de cores ardentes, árvores frondosas, acordes vibrantes e uma história povoada de lendas, mitos e mistérios, docemente embalados pelo “trade” turístico.

Em nenhum outro lugar do sul dos Estados Unidos, ou de qualquer região, se preservou tanto o casario, em quantidade e valor histórico e arquitetônico. As casas de madeira parecem paradas no tempo, em meio a “boulevards” arborizados, com jardins bem cuidados, varandas – não há casa sem varanda – cercadas de gradis vazados em madeira ou metal, talhados em estilo, colunetas frontais, tudo a evocar o apogeu do século 19.

O bairro Francês, o French Quarter, não poderia ter nome mais adequado. São onipresentes os sinais da época de domínio da França, com nuances do período hispânico – as varandas altas ornadas de flores, as cercas vazadas de metal esculpido, a integridade histórica e arquitetônica. Mesmo os transeuntes distraídos param, deslumbrados, para admirar os cenários de cinema.

O som dos trompetes e saxofones inunda as ruas do French Quarter, expressando a alma musical da mistura de povos e da singular evolução histórica da cidade. A música brota de todos os lados no bairro Francês. Logo nas primeiras horas da tarde, de segunda-feira a domingo, é possível contar mais de 30 conjuntos, a maioria de jazz, música tocada ao vivo por centenas de instrumentistas, na sinfonia desconcertante de tons, notas e melodias.

O burburinho, a profusão de sons musicais, começam de tarde e vão até altas horas da noite, nas ruas Bourbon, Royal e Frenchmen. O bairro se transforma em palco iluminado, colorido, vibrante. Todos os dias, milhares de pessoas, inclusive as hordas de turistas da América e do mundo, passeiam nas ruas e adentram nas casas respeitáveis de jazz tradicional, que convivem em harmonia com cabarés, bares e salões de reputação duvidosa. Uma festa inesquecível para os olhos, os ouvidos e as sensações do viajante.

Não há no mundo cidade mais musical. New Orleans vive e respira jazz, 24 horas por dia. Do jazz nasceu e se espalhou a música popular mais rica e influente da América e do mundo. Em que outra cidade poderia ter nascido Louis Armstrong, o legendário trompetista, intérprete, ator, produtor cultural e band-leader, homenageado em cada canto da fulgurante cidade?

titoguarniere@terra.com.br


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