assageiros de todo o Brasil estão sendo afetados pela suspensão completa das operações aéreas da Voepass, determinada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na terça-feira. A empresa é formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas.
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A decisão, segundo a Anac, foi tomada em caráter cautelar. “A decisão da Anac decorre da incapacidade da Voepass em solucionar irregularidades identificadas no curso da supervisão realizada pela agência, bem como da violação das condicionantes estabelecidas anteriormente para a continuidade da operação dentro dos padrões de segurança exigidos.”
De acordo com o comunicado, a Voepass conta atualmente com seis aeronaves e opera voos comerciais em 15 localidades, além de ter contratos de fretamento em outras duas.
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A empresa, em nota, orientou os passageiros afetados: “Caso tenha algum voo programado pela Voepass, solicitamos que entre em contato com o seu canal de compra para validar os voos ofertados e receber orientações de como proceder para reacomodação disponível.”
Em 9 de agosto de 2024, um avião da Voepass caiu em Vinhedo (SP), matando 62 pessoas. Desde o acidente, segundo a Anac, foi implantada uma operação assistida de fiscalização nas instalações da companhia. “Servidores da agência estiveram presentes nas bases de operação e manutenção da empresa para verificar as condições necessárias à garantia do nível adequado de segurança das operações”, disse a empresa.
Em outubro de 2024, a Anac passou a exigir que a Voepass adotasse medidas como redução da malha aérea, aumento do tempo em solo das aeronaves para manutenção, troca de administradores e execução do plano de ação para correção das irregularidades.
“No final de fevereiro de 2025, após nova rodada de auditorias, foi identificada a degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela agência”, informou.
A Anac também constatou a repetição de irregularidades anteriores, além da falta de efetividade do plano de ações corretivas.
“Ocorreu uma quebra de confiança em relação aos processos internos da empresa devido a evidências de que os sistemas da Voepass perderam a capacidade de dar respostas à identificação e correção de riscos da operação aérea”, destacou.