Operação que investiga a quadrilha que praticava um esquema bilionário de contrabando de soja, milho e até agrotóxicos teve ordens judiciais cumpridas em Itapema na terça. O grupo importava ilegalmente os produtos da Argentina através de portos clandestinos às margens do rio Uruguai. Em 5 anos, a quadrilha movimentou cerca de R$ 3,5 bilhões.

Também foram bloqueadas as contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas no valor de R$ 58 milhões, além de sequestro de carros e imóveis de luxo, e uma aeronave avaliada em R$ 3,6 milhões. Durante a investigação, foram apreendidas 171 toneladas de soja, de farelo de soja e de milho, com 11 pessoas presas em flagrante.

As investigações iniciaram em 2022 no Rio Grande do Sul e apuraram que a quadrilha é formada por três núcleos: detentores dos portos clandestinos, os beneficiários e revendedores das mercadorias contrabandeadas e os operadores financeiros. Através de doleiros, o grupo fazia operações cambiais ilegais para lavagem de dinheiro e pagamento de fornecedores no exterior. Sendo que duas das empresas compraram criptoativos da ordem de R$ 1,2 bilhão.