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Preço da carne pode variar até 145%

Quarta e quinta são dias de promoção nos açougues de mercados de Itajaí

Carnes embaladas à vácuo são tendência porque a validade é maior (FOTO: RENATA ROSA)
Carnes embaladas à vácuo são tendência porque a validade é maior (FOTO: RENATA ROSA)
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Assar uma carne no fogo é uma prática tão antiga que foi retratada nas pinturas das cavernas há milhares de anos. A diferença é que, hoje, em vez de caçar animais, podemos comprar a carne cortadinha. O problema é que, com a grana curta, tem sido um desafio garantir o bife de cada dia ou ao menos do fim de semana. Para ajudar o consumidor na tarefa, o DIARINHO visitou os açougues de cinco supermercados de Itajaí para saber onde se pode comprar mais pelo menor preço.

No desafio da carne, Bistek (Vila) e Schmit (Cordeiros) empataram em número de cortes com o preço mais baixo (8), seguido de Koch e Giassi (6) e Angeloni (4). A lista contém 30 itens (veja na página ao lado), sendo 21 cortes de boi, cinco de frango e quatro de porco. A coleta foi realizada no dia da promoção do açougue de cada mercado e teve variação de até 145, 78%, por exemplo,  no preço do quilo do bucho bovino. Na quarta-feira, quem vende carne mais em conta é o Giassi. Na quinta é o Bistek e na sexta, Schimit, Koch e Angeloni.

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No Giassi, na Fazenda, as carnes são vendidas à vácuo congeladas ou resfriadas. Quem prefere levar bife ou moída, pede no balcão, o que “salga” o preço. Mas se a compra ultrapassar cinco quilos, tem desconto de 5%. No Bistek do São João, a carne também é à vácuo e porcionada em bandejas nos refrigeradores, onde uma atendente ajuda o cliente a encontrar o corte que cabe em seu bolso. Nos demais mercados, a carne é vendida fresca ou congelada.

Segundo o engenheiro agrônomo Alexandre Giehl, da Epagri, muitos mercados optam pela carne à vácuo porque tem mais tempo de prateleira. Enquanto a carne fresca dura no máximo três dias no balcão refrigerado, a carne à vácuo pode durar até quatro meses congelada. Além disso, a pecuária catarinense não atende todo o mercado consumidor, por isso 53% da carne bovina consumida vem de estados como Mato Grosso. “Quando o diesel estava mais barato, valia a pena até trazer de Rondônia, mas agora não é mais uma opção”, acredita.

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E apesar da carne bovina ter subido abaixo da inflação no último ano (7%), a proteína está longe dos preços praticados em 2019, quando a arroba de boi gordo (15kg) passou de R$ 150 para R$ 200 no último trimestre. Hoje custa R$ 318,00. Alexandre explica que na época, a China, nosso principal parceiro comercial, teve o rebanho suíno afetado pela peste africana, e começou a importar outras proteínas, desfalcando o plantel do Brasil. Com menos carne no mercado interno, o preço disparou.

Preço da carne suína caiu 10% com a diminuição da exportação para a China

“Além disso, os produtores locais, entusiasmados com a exportação, preservaram as novilhas que, em vez de serem abatidas, viraram reprodutoras, diminuindo ainda mais a oferta de carne”, explica o agrônomo da Epagri. Por outro lado, o preço da carne suína caiu 10% porque a China regularizou o rebanho local e a carne produzida em Santa Catarina acabou sobrando. No ranking do consumo de carne, o brasileiro consome em primeiro lugar as aves, seguido de boi e porco. “Apesar da carne suína ser segura, ainda existe preconceito, o que não acontece em outros países. Só a China consome metade da carne suína produzida no mundo”, revela Alexandre.

Mas mesmo carnes baratas estão inacessíveis para 3 milhões de pessoas só na região sul, que vivem em insegurança alimentar, segundo o IBGE. Por isso, é cada vez mais comum encontrar no mercado cortes como sobrecu, rebatizada de sambiqueira. “Pés, ossos e rabos, que antes iam para a produção de ração, hoje estão nos refrigeradores. Uma forma que a indústria viu de valorizar um subproduto e oferecer proteína para quem a carne virou um luxo”, conclui.

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Concorrência acirrada entre supermercados garante economia na compra da “mistura”

A queda no poder de compra do consumidor fez com que partes menos nobres de bois, porcos e aves se tornassem mais procuradas. Percebendo a tendência, muitos mercados passaram a oferecer miúdos, pés e carcaças e fazer promoções como a do Angeloni, que estava vendendo bucho a R$ 11,99 o quilo, um preço 145,78% menor do que o encontrado no Bistek (veja a pesquisa completa ao lado). O fígado bovino também estava mais barato por lá (R$ 14,49), uma diferença de 85,64% em relação ao Koch (R$ 26,90).

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O terceiro item em variação de preço foi o frango inteiro (69,51%), que estava mais barato no Schmit (R$ 7,48) e mais caro no Giassi (R$ 10,48). Em seguida, o coxão duro (62,91%), com preços entre R$ 32,97 (Bistek) e R$ 59,90 (Angeloni). O corte suíno com a maior diferença de preço foi a costela (52,73%), sendo mais em conta no Schimit (R$ 18,98) e mais caro no Angeloni (R$ 28,99). Outro corte que apresentou grande variação de preço foi a carne moída de segunda (50,47%), que custava R$ 19,93 no Bistek e R$ 29,99 no Koch. Já a costela de boi teve variação de 50,25%, com preços entre R$ 19,90 (Koch) e R$ 29,90 (Giassi).

A carne moída de segunda é, disparado, o corte mais procurado pelos clientes do Bistek. Quem garante é a atendente Priscila Chagas, que trabalha no supermercado desde a inauguração, há sete anos. Ela auxilia o cliente a encontrar a carne no setor, já que as peças são compradas a vácuo, porcionadas e disponibilizada em câmeras refrigeradas. “Já no fim de semana, a maior procura é por carnes de churrasco, tipo contrafilé”, revela.

 

Preço da carne suína caiu 10% com a diminuição da exportação para a China

“Além disso, os produtores locais, entusiasmados com a exportação, preservaram as novilhas que, em vez de serem abatidas, viraram reprodutoras, diminuindo ainda mais a oferta de carne”, explica o agrônomo da Epagri. Por outro lado, o preço da carne suína caiu 10% porque a China regularizou o rebanho local e a carne produzida em Santa Catarina acabou sobrando. No ranking do consumo de carne, o brasileiro consome em primeiro lugar as aves, seguido de boi e porco. “Apesar da carne suína ser segura, ainda existe preconceito, o que não acontece em outros países. Só a China consome metade da carne suína produzida no mundo”, revela Alexandre.

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Mas mesmo carnes baratas estão inacessíveis para 3 milhões de pessoas só na região sul, que vivem em insegurança alimentar, segundo o IBGE. Por isso, é cada vez mais comum encontrar no mercado cortes como sobrecu, rebatizada de sambiqueira. “Pés, ossos e rabos, que antes iam para a produção de ração, hoje estão nos refrigeradores. Uma forma que a indústria viu de valorizar um subproduto e oferecer proteína para quem a carne virou um luxo”, conclui.

 

Espetinho do Paulista: Diego faz sucesso na porta do teatro Municipal

Quem vê o food truck Espetinho do Paulista, que já vendeu 800 espetinhos num único dia, não imagina a luta de Diego, 35 anos, por um lugar ao sol. Ele chegou a Itajaí em 2010 e por aqui ficou. No início, vendeu açaí e chegou a rodar como Uber, mas se consolidou na venda de espetinhos, que aprendeu com o pai, cozinheiro de mão cheia, dono de um bufê no lendário bairro do Jaçanã, aquele que Adoniram Barbosa cantou em verso e prosa.

No trailer estacionado na esquina do teatro Municipal de Itajaí, ele divide o trabalho com o filho Gustavo, de 15 anos. Já a mulher o ajuda na preparação dos acompanhamentos, pois além de 12 tipos de espetinho, ele serve a “jantinha”, um tipo de PF comum em Goiás, que vem com purê de aipim com bacon, vinagrete e farofa, além da carne, arroz e feijão. “Tudo que ganho invisto na compra de equipamentos, mesas, toldo e produtos de primeira qualidade para o negócio”, afirma. O resultado são filas para disputar o petisco, que custam entre R$ 9 (queijo) e R$ 14 (medalhão), e a fidelização da clientela, que vem de longe assistir aos espetáculos de barriga cheia.

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Arquivo para download:
638175_PESQUISADIARINHO.pdf




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