DENÚNCIA DE CLIENTES
Motoristas de aplicativo negam corridas e superfaturam valores no aeroporto
Relatos de usuários são de oportunismo e desrespeito. Corrida de R$ 11 foi oferecida por R$ 100
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



Usuários do aeroporto de Navegantes têm denúncias envolvendo motoristas de aplicativos que atuam no aeroporto internacional Victor Konder, em Navegantes: a negativa de atendimento a corridas em determinado horário – fato que, segundo usuários do serviço, virou corriqueiro no local.
“Chegamos de viagem às 23h30 e não conseguimos pegar o Uber antes da 1h da manhã. Eles, ou desligam o app, ou, antes de virem buscar, perguntam qual o destino e cancelam a corrida”, relatou um usuário ao DIARINHO, sobre uma viagem ocorrida na semana passada. “Moro em Itajaí, próximo ao ferry boat. Minha corrida seria até o ferry e eles não aceitavam. E, mesmo com aplicativo ligado, chegaram a me pedir R$ 100 do aeroporto à balsa, corrida que geralmente pago R$ 11”, comentou.
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Ainda de acordo com o morador, um casal de São Paulo relatou a ele passar pela mesma situação, e estava indignado. “Eles iam para o Novo Hotel, em Itajaí. Tivemos que rachar outro Uber e ir pela BR 101 para poder chegar em casa. Uma vergonha. E eles ainda debocham dos passageiros”, assegura o passageiro, suspeitando se tratar de motoristas clandestinos.
“Eu soube que, naquela ocasião, foram mais de 10 corridas canceladas. E eles parados na frente do aeroporto, ignorando os passageiros”, aponta o usuário. A negativa, segundo ele, seria para “escolher” corridas longas ou ainda superfaturar as de curto trajeto, como aconteceu com o próprio morador itajaiense.
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Mais relatos
O DIARINHO denunciou, no último dia 16 de fevereiro, os repetidos conflitos entre motoristas de aplicativos na frente do aeroporto em Navegantes, em disputa por pontos de trabalho e captação de clientes. E, na sexta-feira, um casal de idosos foi barrado de entrar no veículo por um motorista de aplicativo em Itajaí.
Cenas repassadas ao DIARINHO mostraram bate-boca e o clima quente entre eles, Segundo uma fonte repassou à reportagem, isso é causado pela fiscalização precária em relação a motoristas clandestinos, que utilizam aplicativos em nome de outras pessoas e que acabam por “roubar” clientes dos que já estão estabelecidos no terminal, tanto taxistas convencionais como os chamados “ubers”.
Na ocasião, a Câmara de Vereadores informou ao DIARINHO que está ciente desses problemas e já cobrou fiscalização do órgão responsável e ações de conscientização dos motoristas.
Joziel Pereira, secretário de segurança e superintendente da Navetran, informou, na ocasião, que o órgão faz a fiscalização no local, mas dispõe somente de quatro guardas para esse trabalho. Ele reforçou que, se o motorista clandestino for flagrado pela fiscalização, ele irá responder administrativamente e ainda pode ter o carro apreendido.
A reportagem tentou apurar a versão do Uber, mas a página do serviço na internet não retornou até o fechamento desta matéria.