Itajaí
Luciano Hang diz que promotor persegue Havan
Já o MP rebate dizendo que laudo apontou problemas no licenciamento de três lojas em Balneário
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, partiu ontem pro ataque contra o ministério Público Estadual, que apura possíveis irregularidades na aprovação de três projetos de lojas em Balneário Camboriú. Em nota encaminhada à imprensa, os advogados do empresário acusam o promotor “de promover uma perseguição ao empresário”. Já o ministério Público diz que está investigando o caso porque uma auditoria apontou irregularidades na aprovação dos projetos. A notícia da investigação do MP sobre as lojas de Luciano Hang em Balneário Camboriú foi divulgada na edição de ontem do DIARINHO, com o título “MP vai apurar supostas irregularidades no licenciamento da Havan”. A matéria apontava o inquérito civil público aberto pelo promotor Isaac Newton Belota Sabbá Guimarães, da curadoria do meio ambiente. A promotoria levanta suspeitas de improbidade administrativa da prefeitura e da comissão de estudo de impacto de vizinhança (EIV) no licenciamento de três lojas – uma das quais já em fase de conclusão na avenida do Estado Dalmo Vieira. Na quinta-feira, Luciano Hang e sua assessoria não responderam aos questionamentos do DIARINHO. Mas ontem, através de seus advogados, o empresário emitiu nota à imprensa afirmando: “(...) todos os projetos de construção da loja de Balneário Camboriú (assim como ocorre com todas as demais lojas espalhadas pelo país) observam rigorosamente a legislação federal, estadual e municipal”. Também disse que somente começou a construção da nova loja depois de um laudo “que constatou que a obra não provoca dano ambiental”. A nota ainda cita que a promotoria, “de forma insistente”, encaminhou ofícios para diversos órgãos públicos questionando a legalidade da obra. “A resposta em todos os casos foi sempre unânime no sentido de que a construção está absolutamente regular”, diz o empresário, através dos advogados. A acusação contra a promotoria vem no final do documento. “A Havan se sente sistematicamente perseguida pelo Douto Promotor Isaac Newton Belota Sabbá, que, pelos recentes e públicos encaminhamentos que vem adotando, atrapalha Balneário Camboriú, atrapalha a vinda de empreendimentos para a cidade, atrapalha a geração de empregos e renda para a população Balneocamboriuense e da região”, diz a nota. Pra concluir, Luciano Hang faz uma provocação ao ministério Público: “Afinal, quantos empregos por seus encaminhamentos vem gerando ou deixando de gerar o Douto Promotor?”. Denúncia à ouvidoria Ontem, em e-mail encaminhado através de sua assessoria, o promotor Isaac Sabbá Guimarães confirmou a notícia publicada pelo DIARINHO sobre a investigação de supostas irregularidades no licenciamento dos três projetos da Havan. Uma denúncia feita através da ouvidoria do MP e o resultado de uma perícia levaram a promotoria a abrir as investigações sobre os licenciamentos da Havan, explicou. O promotor não entrou em detalhes sobre as irregularidades, mas confirmou a existência de um segundo inquérito civil que também apura problemas no licenciamento da loja da avenida do Estado Dalmo Vieira. Este segundo inquérito estaria também ligado ao estudo de impacto de vizinhança. A perícia, revelou, teria apontado “impropriedades” no estudo. “A qual identificou impropriedades no Estudo de Impacto de Vizinhança chancelado pelo município de Balneário Camboriú, especificamente quanto aos padrões de impacto no tráfego do local projetado”, afirmou o promotor.
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