Itajaí
Reclama que o número de pedintes aumentou
Média mensal de mendigos nas ruas é de 190 pessoas, explica secretaria
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

No mês em que a prefeitura cria uma comissão pra discutir ações voltadas aos moradores de rua em Itajaí, itajaienses continuam reclamando do aumento de pedintes nas sinaleiras da cidade. Uma das motoristas conta que a avenida Adolfo Konder, nas proximidades do Maxxi Atacado, virou point. Ela conta que toda vez que passa no localé abordada por pelo menos cinco pessoas. Ela diz que entre os pedintes estão homens aparentemente saudáveis, além de pessoas deficientes e dependentes químicos. A mulher diz que se sente desconfortável. Alguns pedintes aparecem com caixas de bombons, mas estariam fingindo vender o produto só pra pedir dinheiro. “E vem com várias histórias. No mesmo dia, na ida e na volta pra casa, eles até trocam as histórias”, observa. Tá igual De acordo com a secretaria de Assistência Social, o suposto aumento de pedintes nos semáforos está ligado a uma percepção dos motoristas que costumam passar sempre pelo mesmo local, uma vez que os levantamentos da prefeitura não mostram crescimento nesse número. O secretário de Assistência Social, Fabrício Marinho, diz que a média de pessoas em situação de rua gira em torno de 190, todos os meses. “Isso não quer dizer que as 190 ficam ao mesmo tempo na cidade. Muitas estão de passagem e acabam sendo atendidas pelo nosso serviço de abordagem. Acredito que, por conta disso, por conta da rotatividade que a população acaba pensando que o número aumentou”, avalia. O secretário orienta a comunidade a não dar esmolas. “É isso que faz eles pedirem e permanecerem nos semáforos. Recebendo dinheiro, muitos acabam não aceitando nossa ajuda”, considera. Nos grupos em situação de rua estão os chamados “pardais”, que são andarilhos que tão apenas de passagem pela cidade. O restante é de pessoas que têm família, mas que vive nas ruas, enquanto outros moram nas ruas mas não têm vínculos na cidade. Novas ações A comissão intersetorial foi criada na semana passada, após audiência pública na Câmara de Vereadores. O grupo, formado por representantes das secretarias de Assistência Social e de Saúde, Ministério Público, comunidades terapêuticas e igrejas, além de moradores, será responsável pela elaboração do plano de Atenção às Pessoas em Situação de Rua. Atualmente, o município já conta com os serviços de abordagem social, centro POP e casa de Apoio. A secretaria de informa que a primeira reunião da comissão está prevista pra semana que vem, onde serão discutidas as principais necessidades, novas ações e políticas públicas.