Será encaminhada pra perícia a arma calibre 38 usada por Paulo Ricardo Nunes, que foi morto pelo policial militar Fernando Luciano de Freitas, ao tentar assaltar a padaria Vanille, na esquina da rua Uruguai com a 13 de Maio, na manhã de sábado. Só assim se saberá se o assaltante realmente tentou atirar no policial antes de ser alvejado. Além disso, a arma usada por Paulo tem registro de furto em São Paulo e a polícia quer saber como ela foi parar nas mãos dele. O trabuco do PM também será analisado.
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As duas armas serão encaminhadas ainda esta semana pro instituto Geral de Perícias (IGP), em Floripa, e o laudo da análise ficará pronto em 30 dias. Através do resultado, o delegado Carlos Monza ...
As duas armas serão encaminhadas ainda esta semana pro instituto Geral de Perícias (IGP), em Floripa, e o laudo da análise ficará pronto em 30 dias. Através do resultado, o delegado Carlos Monza confirmará ou não a versão de que Paulo teria tentado atirar três vezes na direção do policial e que o revólver teria falhado. O dotô também quer chamar mais testemunhas pra saber direitinho o que rolou na manhã de sábado.
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O revólver calibre 38 do milico Fernando não era da corporação da PM, mas sim de seu uso particular. É normal o policial andar armado, mesmo sem estar usando a farda, e tem que ser assim. O policial é uma pessoa muito visada, pois trabalha 24 horas em contato com criminosos. Então, o policial tem porte de arma, compra sua arma e anda com ela para sua própria defesa, explica o delegado.
Enquanto o laudo não sai, a polícia Civil tá empenhada em verificar como o revólver foi parar nas mãos de Paulo. Segundo dotô Carlos, o número da arma não estava raspado e, através dele, os tiras descobriram que o trabuco possui registro de furto em São Paulo. Identificamos que a arma está registrada legalmente e o nome do dono. Encaminhamos um documento para São Paulo, para saber se ela foi furtada, enfim, saber em que condições ela foi parar nas mãos dos assaltantes. A resposta deve vir ainda esta semana, conta.
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Dependendo do que se descobrir, é possível que o comparsa de Paulo, Douglas da Silva Pereira, que foi preso pelos assaltos, responda também por receptação da arma. Até o momento, só se sabe que Douglas já foi detido quando era dimenor, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul - ainda não se sabe por qual bronca. A ficha de Paulo também é levantada. Existem três nomes iguais e a polícia checa se ele já tinha passagem.
Foi o 19º
Na manhã de sábado, Paulo e Douglas assaltaram a farmácia Porto Farma, na rua Uruguai, e levaram de lá 46 reales. Eles amarraram as vítimas e seguiram pra padaria Vanille. Lá, segundo a versão da polícia, os bandidos anunciaram o assalto, mas o PM, que comprava marmita, teria pedido pra Paulo abaixar a arma. O assaltante tentou atirar nele, a arma falhou e o policial deu um tiro certeiro no rosto. Paulo foi o 19º morto pela PM este ano na região. Já Douglas foi preso.