Quem ficou curioso sobre o conteúdo da reportagem que foi censurada na revista Caras, na semana passada, vai matar a curiosidade lendo na íntegra a carta de suicídio de Cibele Dorsa no site do DIARINHO. Mas quem não tem acesso ao computador também fica sabendo por aqui o que tanto irritou o cavaleiro Doda, ex marido da moça e hoje casado com a milionária Athina Onassis, a ponto de pedir pra dona justa impedir a publicação da carta.

Ontem, a revista comunicou em seu saite a liberação do material graças à uma decisão da justa paulistana. Na semana passada, a revista foi obrigada a retirar todo o conteúdo do ar, assim como toda e qualquer menção a Alvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, com quem Cibele tinha uma filha, Viviane, de oito anos. A revista já tava na gráfica no momento da proibição, e chegou às bancas com tarjas pretas.

A atriz Cibele Dorsa, 36 anos, morreu no último dia 26, depois de se jogar do seu apê, em Sampa, onde vivia até 30 de janeiro com seu noivo, Gilberto Scarpa, 27. Ele se atirou da mesma janela, no sétimo andar, às vésperas de se casar com Cibele. Numa entrevista depois do suicídio do noivo, ela conta que ele era viciado em pó. “Ele demonstrava muita insegurança em relação a mim. Estava triste, eu perguntava o que era, mas ele não dizia. Sempre me perguntava por que eu não casava com ele logo, se eu não amava o suficiente. Respondia que casaria com ele caso largasse as drogas. Ele tinha um sério problema com cocaína”, relatou.

Cibele lançou o livro “5:00 da Manh㔠no dia 27, três dias antes de Gilberto se matar. O livro relatava sua experiência sobrevivendo a um acidente de carro grave. Ela já tinha publicado “Homens de bolso”, em 2007. Na mesma entrevista dada após o suicídio do noivo, Cibele afirma que já tava se recuperando graças ao teatro. Ela estava ensaiando seis horas por dia a peça “As princesas do castelo encantado”, onde viveria a Bela adormecida. Só que Cibele não vai acordar nunca mais.

Xingão ao Doda

“Que um dia Deus te perdoe pelo que você fez e faz comigo, com a Athina e com as crianças. Tente ser alguém melhor, tenho pena da Athina... essa nunca vai conhecer um homem de verdade, um amor. Eu sofro agora, no entanto, fui plenamente feliz ao lado do Gilberto, homem de verdade, que mostra a cara, que não mente, não dissimula, e, assim ele foi até o final. Ele pulou do prédio por vergonha de ter sido vencido pelas drogas...uma pena. Quem devia se matar não se mata...

De todos os homens que passaram por mim quem me fez mais mal foi sem dúvida alguma, o Doda, pai da filha que nem mais contato pude ter. O Doda parece nunca cansar de me humilhar, ele não se satisfará nunca mesmo. É o pior homem que já conheci em minha vida, um lobo em pele de cordeiro”.

Aos filhos

“Fernando e Viviane, perdoem a mamãe, mas, a solidão é uma prisão terrível, é como se eu estivesse trancada dentro de mim mesma, estou cansada, sinto muito a falta de vcs mas, confesso que com o Gilberto aqui era mais fácil suportar, eu o amo muito, não sei nem como posso continuar...aqui em casa ficou frio, me sinto fora do meu corpo às vezes, e, isso me dá uma pausa na dor, só que depois volta em dose mais pesada. Faz algumas semanas que sinto uma leveza no corpo, como se eu estivesse já com um pouco de ausência do mundo terreno. Morrer por amor deve ter algum atenuante...assim espero. Vou procurar o meu amor, vcs não precisam mesmo de mim. Um dia perguntem a Carla, tia de vcs, ou ao meu tio e saberão toda a verdade. Amo vcs e estarei olhando vcs lá de cima, do meio, não sei, de onde for...