Dizer que um lutador é fera dentro e fora dos tatames talvez seja um clichê, mas se referir a Theo de Bona não tem como ser diferente. Além de desafiar os adversários no momento da luta, o atleta de jiu-jitsu de apenas 10 anos de idade vende doces para custear as despesas, que não são baratas. Em cada viagem, os pais do menino desembolsam cerca de três mil reais. Isabella de Bona, mãe do pequeno lutador, lamenta a falta de investimento em atletas que ainda não são profissionais. “Várias competições estão no calendário do atleta, inclusive internacionais, cada viagem é muito cara, falta incentivo do governo e de empresas privadas para atletas de base”, opina a designer de 32 anos. Vendedor Quem teve a ideia de ganhar um troco vendendo as guloseimas foi o próprio campeão. Ele vende nas semanas que antecedem as competições, custa três reais e, em média, 30 por dia são comercializados. A galera compra na escola, na academia, além dos vizinhos. Ele luta por amor ao esporte e também a cidade. Foi sensação de dever cumprido para aqueles que acreditaram nele, ele disse que mentalizou todos estes antes de entrar no tatame, era um pedacinho de BC naquela imensidão de atletas”, completou. Títulos Natural de Balneário Camboriú e componente da equipe Rocian Gracie Jr., Theo faturou ouro no Campeonato Brasileiro, que tá rolando em Barueri-SP. O torneio é um dos maiores eventos do mundo da modalidade, com mais de seis mil atletas inscritos do mundo inteiro. Maria Luiza Tomazoni, de 11 anos, conquistou a prata e Gabriel Kaspary, de 15, o bronze. Além deste título, Theo já foi campeão brasileiro e vice no Pan-Americano, em 2016. Mesmo com apenas um ano de prática do esporte, tais feitos fizeram com que de Bona fosse eleito o atleta do ano em Santa Catarina. O contato com o atleta é feito por meio das redes sociais: @theodebonabjj no Instagram  e Theo de Bona, no Facebook.